Esporte

‘Um gênio chamado Edmundo’, por Ronaldinho Barbosa


05/04/2021

Ronaldinho Barbosa

Esta semana foi aniversário de um dos maiores personagens do futebol brasileiro: Edmundo Alves Souza Neto. Ou pura e simplesmente Edmundo. Marrento, polêmico, algumas vezes mascarado porém GÊNIO! Pesadelo dos zagueiros adversários, porém representante do futebol alegre, moderno o futebol arte que infelizmente HOJE, já não existe mais. Edmundo era a mais perfeita definição da palavra CRAQUE. Hoje você assiste futebol, vê aqueles centroavantes caneludos dá até vontade de desligar a tv, né? Você assiste mais por amor ao time do que qualquer outra coisa. Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro, Santos, Flamengo, Fluminense Figueirense e Nova Iguaçu. Foram inúmeras as camisas que ele vestiu. Algumas com passagens brilhantes, outras com passagens mais apagadas, porém com gols e jogadas que só ele somente ele era capaz de produzir.

Ronaldinho Barbosa
Ronaldinho Barbosa

Infelizmente pra mim e pra muitos torcedores, a maior identificação dele fora com o Clube de Regatas Vasco da Gama. Clube esse que ele diz torcer até hoje. “N” vezes quis trucida-lo o maior algoz do meu clube de coração, mas não dava pra odiar Edmundo. Por mais que fora de campo fosse um ser humano controverso, dentro de campo ele era alegria, magia encantamento tudo aquilo que queríamos e gostávamos de ver em nosso futebol. Hoje infelizmente são poucos os casos de jogadores que jogam por amor. Na época de Edmundo não, ELE jogava por amor. Todos esses Cubes citados ele se entregou de corpo e alma. Era o típico do jogador que deixava a alma dentro de campo. Isto fez com que fizesse sucesso também lá fora na Itália e no Japão. Edmundo brilhou também com a nossa amarelinha principalmente nos anos de 92 sua estreia e 97 na copa América onde fora um dos protagonistas. Acabou ficando de fora da copa de 94 fato que não se entende até hoje. Vai a copa do mundo como 3º reserva e mesmo com o corte do baixinho Romário acaba por não ter muitas oportunidades.

Em 28 de março de 2012 Edmundo resolve pendurar as chuteiras. E com ele se vai talvez a última leva de grandes maestros do nosso futebol. Aquele futebol vistoso, aquele futebol animal como bem denominou o radialista Osmar Santos prestara seu último ato. A nós seus súditos só restara agradecer. Obrigado Edmundo. Obrigado por cada arrancada, obrigado por cada drible, obrigado por cada gol, obrigado por cada jogada inusitada que nos faziam levantar da cadeira e dar aquele suspiro de emoção. É uma pena que não se fazem mais Edmundos, Romarios, Violas ou Paulos Nunes da vida. Jogadores que misturavam a responsabilidade de se jogar futebol com a leveza e a alegria de levar diversão para o seu torcedor.



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