Brasil

Turista brasileira é localizada após acidente em vulcão na Indonésia; resgate deve ocorrer nesta terça


23/06/2025

Agencia Brasil

A turista brasileira Juliana Marins, que caiu em um penhasco durante uma trilha no monte Rinjani, um vulcão ativo na Indonésia, foi localizada na manhã desta segunda-feira (23), no horário local. A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas), que utilizou um drone com sensor térmico para identificá-la por volta das 7h05 (20h05 de domingo, pelo horário de Brasília).

Juliana se acidentou no sábado (21), enquanto caminhava em uma trilha próxima à cratera do vulcão. De acordo com as autoridades indonésias, ela foi encontrada a cerca de 500 metros do ponto de queda, em uma área de difícil acesso conhecida como Cemara Nunggal.

As operações de resgate chegaram ao terceiro dia nesta segunda-feira, mas foram suspensas ao anoitecer por conta das condições climáticas adversas. A previsão é que uma nova tentativa de resgate seja feita na manhã de terça-feira (24), com o apoio de um helicóptero e de uma equipe especial da Basarnas.

A família da brasileira tem expressado frustração com a condução do resgate. Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Mariana Marins, irmã de Juliana, criticou a lentidão e o que classificou como desorganização das autoridades indonésias. “No primeiro dia de resgate, eles demoraram 17 horas para chegar ao local, dez horas a mais do que o previsto. É um absurdo. A Juliana está lá sozinha mais uma noite, sem comida, sem água, sem agasalho”, disse.

A irmã também informou que um alpinista independente, experiente na região, se mobilizou para tentar chegar até Juliana ainda nesta segunda-feira (no horário local), acompanhado por um parceiro de escalada.

Mariana relatou ainda que o grupo em que Juliana estava era formado por turistas sem experiência em montanhismo, e criticou a atuação do guia local. “Ela estava cansada, chegou a dizer que não sabia se conseguiria subir. Isso é comum em trilhas em altitudes elevadas como essa, a cerca de 3 mil metros, com poeira vulcânica. Infelizmente, houve uma fatalidade”, afirmou.

Viajando pela Ásia desde fevereiro como mochileira, Juliana tem bom preparo físico, mas não possuía treinamento específico para montanhismo, segundo a família.

A família também apela por apoio do governo brasileiro. “Tudo o que a Juliana precisa é de agilidade. Tudo o que ela não tem agora é tempo”, concluiu Mariana.



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