Política

Trump reage à eleição do primeiro papa americano: “Grande honra para os EUA”


08/05/2025

presidente Donald Trump fala durante uma cerimônia em que Paul Atkins foi empossado como presidente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) no Salão Oval da Casa Branca, em Washington — Foto: Doug Mills/The New York Times

Da Redação / Portal WSCOM

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou nesta quinta-feira (8) a escolha do cardeal americano Robert Francis Prevost como novo líder da Igreja Católica. Nascido em Chicago, Prevost adotou o nome de Leão XIV e se tornou o primeiro papa americano da história.

“Parabéns ao cardeal Robert Francis Prevost, agora papa Leão XIV. É uma grande honra saber que ele é o primeiro americano a ocupar essa posição. Que emoção para nosso país”, escreveu Trump na rede social “Truth”. “Estou ansioso para conhecê-lo. Será um momento significativo.”

Antes da eleição, Trump foi questionado sobre suas preferências para o novo pontífice e respondeu, em tom de brincadeira, que “gostaria de ser papa”. Em seguida, citou o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, como uma possível escolha, embora nem Dolan nem Prevost estivessem entre os nomes mais cotados. O favorito entre os americanos era Joseph Tobin, arcebispo de Newark.

Após o anúncio, o presidente também causou polêmica ao publicar uma imagem gerada por inteligência artificial em que aparece vestido como papa, usando mitra e cruz dourada. A imagem foi compartilhada nos perfis oficiais do Instagram ligados a ele, incluindo @realdonaldtrump, @POTUS e @WhiteHouse.

Quem é o papa Leão XIV

Robert Francis Prevost, de 69 anos, é visto como uma figura que ultrapassa fronteiras. Serviu por mais de 20 anos no Peru, onde se tornou bispo e se naturalizou. Posteriormente, liderou a ordem religiosa de Santo Agostinho e ocupou o influente cargo de prefeito do Dicastério dos Bispos, no Vaticano.

Considerado um nome de equilíbrio entre alas conservadoras e progressistas da Igreja, Leão XIV destacou, em seu primeiro discurso da sacada da Basílica de São Pedro, temas como acolhimento, sinodalidade — estrutura mais participativa da Igreja — e a busca pela paz, em linha com a agenda do papa Francisco.

Apesar da aproximação em muitos pontos, Leão XIV já expressou posturas mais conservadoras em relação à comunidade LGBTQIA+. Em discurso de 2012, criticou a aceitação do “estilo de vida homossexual” e das chamadas “famílias alternativas” pela mídia e cultura ocidental.

Durante seu tempo no Peru, também recebeu críticas pela condução de casos envolvendo padres acusados de abuso sexual. Em Chiclayo, uma mulher afirmou que Prevost falhou ao investigar denúncias antigas e não afastou um dos padres acusados de continuar celebrando missas.



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