O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30), uma ordem executiva que oficaliza, na prática, o “Tarifaço” ao Brasil. As novas taxas já valem para a próxima sexta-feira (01), subindo de 10% para 50%.

A medida é justificada pela Casa Branca como uma resposta as ações do governo brasileiro, vistas como “uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”, afirmação na nota oficial divulgada no site do governo americano.

A determinação conta ainda com a declaração de emergência nacional com base na Lei dos Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), que permite ao presidente norte-americano aplicar sanções contra governos considerados hostis aos interesses dos EUA, como tem sido tratado o governo brasileiro.

Segundo o documento, o governo brasileiro tem adotado “práticas incomuns e extraordinárias” que prejudicam empresas americanas, limitam a liberdade de expressão de cidadãos dos EUA, e ameaçam os interesses políticos e econômicos do país. A nota acusa diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o ministro Alexandre de Moraes, de agir de forma autoritária contra adversários políticos.

A nota oficial cita ainda o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que nesta quarta-feira também sofreu sanções do governo americano:

“Desde 2019, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes tem abusado de sua autoridade judicial para ameaçar, perseguir e intimidar milhares de seus opositores políticos”, afirma a Casa Branca.