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Troca de vidraças do Itamaraty vai custar R$ 18 mil

Quebrados


02/07/2013

 Os atos de vandalismo ao Palácio do Itamaraty, durante manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no último dia 20, causaram um prejuízo de R$ 18.414,04, só em vidraças quebradas. Ao todo, 65 peças foram danificadas. A reposição começou a ser feita no dia seguinte ao protesto e ainda não tem data para ser concluída, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Na terça-feira (25), 29 vidraças já haviam sido trocadas. Além dessas peças, esquadrias, um abajur e o tampo de uma mesa foram danificados. Os manifestantes também picharam vidros e a porta de uma garagem do palácio. O Itamaraty não informou o custo dos reparos desses itens.

No dia seguinte ao ato de vandalismo, foram divulgadas imagens da invasão. Na mesma data, a polícia identificou sete suspeitos de participar da depredação. As obras de arte que se encontram no prédio, como os painéis de Athos Bulcão, Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins e de Alfredo Volpi, não foram atingidas.

Até a conclusão dos reparos, tapumes vão proteger parte do palácio e impedir o acesso ao prédio. O Ministério das Relações Exteriores informou que reforçou a segurança no local.

O Palácio do Itamaraty foi invadido e depredado por vândalos que participavam de uma manifestação contra a corrupção, a PEC 37, o projeto da “cura gay” e os gastos públicos com as copas das Confederações e do Mundo, que ocorreu no dia 20 de junho último.

Impedido de entrar no Congresso Nacional, um grupo de participantes do protesto se dirigiu ao Itamaraty e iniciou a invasão. A Polícia Militar conteve os manifestantes e impediu que o prejuízo fosse maior.

Na ocasião, algumas pessoas entraram no espelho d’água em frente ao prédio e subiram na escultura batizada de “Meteoro”, projetada por Bruno Giorgi. Os manifestantes chegaram a colocar fogo as pilastras do palácio.

Prejuízo

Balanço divulgado pela Polícia Militar apontou que a manifestação do último dia 20 terminou com pichações em cinco ministérios, 13 placas de sinalização foram destruídas, 15 holofotes nas fachadas dos ministérios foram quebrados e bandeiras dos 26 estados e do DF que ornamentavam a Alameda dos Estados, via em frente ao Congresso, foram arrancadas.

O Palácio do Itamaraty foi o prédio mais atingido pelo vandalismo. Um grupo de manifestantes invadiu o prédio e entrou em confronto com a polícia. Eles ocuparam as rampas do palácio, lançaram pedras e objetos contra a fachada de vidro, fizeram pichações e atearam fogo junto a uma pilastra.

Na manhã seguinte, no espelho d’água do edifício, havia cones da PM, restos de coquetel molotov e muito lixo. Os holofotes do prédio e 62 vidraças foram quebrados.

Protesto

A manifestação teve início pouco antes das 17h. O grupo se concentrou em frente ao Museu Nacional de Brasília e seguiu pela via N1 do Eixo Monumental até o Congresso Nacional. Pouco antes das 20h, manifestantes e PMs entraram em confronto.

A Polícia Militar usou spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo para tentar conter uma minoria que lançava rojões, sinalizadores, pedaços de madeira contra os policiais e faziam fogueiras no gramado em frente ao Congresso.

Entre 35 mil e 40 mil pessoas, segundo a PM, se reuniram na Esplanada dos Ministérios para protestar contra o preço das passagens de ônibus, os gastos com as copas, a corrupção e as condições da saúde e educação, entre outros temas.

Três pessoas foram presas pela durante a manifestação desta quinta – duas por participarem da invasão do Itamaraty – e mais de 120 necessitaram de atendimento médico.

Para o secretário de Segurança, Sandro Avelar, é possível que os manifestantes mais agressivos tenham sido “infiltrados” para deslegitimar os protestos. “Acho que pode, sim [ter gente infiltrada]. Temos que investigar os perfis das pessoas que estão fazendo essas batalhas.”


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