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Tribos indígenas encenam ritos de morte e ressurreição na Duarte da Silveira

em JP


01/03/2014



 Das 40 agremiações que vão desfilar no Carnaval Tradição de João Pessoa, de 1º a 4 de março, 10 são tribos indígenas. Neste sábado (1°) passam pela Avenida Duarte da Silveira (Beira Rio) as tribos pertencentes ao grupo B (Tabajara, Papo Amarelo, Flexa (sic) Negra, Tupy Guanabara e Tupinambás de Mandacaru). Já no domingo entram as do grupo A (Pele Vermelha, Ubirajara, Xavantes, Guanabara e Tupy Guarany).

“Cada uma terá um tempo de 30 minutos para se apresentar e ser avaliada por uma comissão julgadora conforme seis variáveis: conjunto, coreografia, fantasias, cocares, batuque e estandartes”, lista Beto Bandeirante, presidente da Liga Carnavalesca de João Pessoa.

Uma das marcas singulares das tribos da Capital, associada às danças indígenas, é a encenação por todas dos rituais de morte e ressurreição. É quando os guerreiros simulam o ataque a uma tribo inimiga, pega desprevenida quando vai à caça. Após a matança, um feiticeiro da tribo morta encontra os corpos e inicia o ritual de ressurreição.

Danças indígenas – As danças folclóricas são executadas por grupos fantasiados de índios que, com vistosos cocares e adornos de pena aplicados na cintura e tornozelos, representam cenas de caça e combate.

Os instrumentos musicais são a flauta de apito ou pífano, maracas e um surdo (bombo) de zinco coberto com couro de bode. As preacas são instrumentos de marcação em forma de arco e flecha, produzindo um som seco em harmonia com o surdo.

Os ritmos são o perré (ou toré), guerra e baião, sendo o primeiro mais lento. A dança é forte e rápida, exigindo do participante destreza e desenvoltura. Há passos em que se dança agachado, ou baixando-se e levantando-se rapidamente e ao mesmo tempo rodopiando, apoiando-se nas pontas dos pés e calcanhares, o que exige muita resistência física.
Os personagens do caboclinho são: cacique, porta-estandarte, conjunto de tocadores de percussão, cordões (as filas indianas) de caboclos e caboclas, e o grupo de crianças ou “curumins” (do tupi kuru´mi, menino).

Os caboclinhos historicamente têm relação com o culto da jurema, a árvore que produz o chá sagrado para os caboclos. A fantasia básica das mulheres é composta de tangas e sutiãs bordados, cocares ou leques, munhecas para os pulsos e atacas para os tornozelos.

Para os homens, tanga, peitoral, munhecas e atacas, cocar (alguns chegam a pesar 45 quilos!) ou leque. Também usam como adorno machadinhas de madeira e pequenas cabaças amarradas ao braço ou à cintura.



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