O senador Cristovam Buarque tornou-se uma espécie de patinho feio do PPS. Ele repete há meses que deseja representar o partido na disputa presidencial de 2018. Mas a cúpula da legenda só tem olhos para Geraldo Alckmin e, sobretudo, Luciano Huck. “Mantenho a intenção de me candidatar, quero disputar”, disse Cristovam, depois de ter sido refugado por Roberto Freire, presidente do PPS.

Em entrevista ao blog, Freire deixou claro que não enxerga em Cristovam potencial para chegar às urnas com a aparência de um cisne. “É um ótimo candidato. Mas não é apenas uma questão de mérito. O candidato tem que ser bom e ter voto para chegar à Presidência. Não podemos discutir alternativas que, a despeito de ter todos os méritos, são destituídas da capacidade eleitoral para um embate nacional. Por isso analisamos as alternativas representadas por Alckmin e Huck.”

E Cristovam: “Acho equivocada a posição do Roberto Freire. É evidente que temos que querer ganhar. Mas uma campanha presidencial não é só para o partido ganhar. Também serve para o partido divulgar suas ideias, esclarecer suas propostas, expor seus programas. A Constituição prevê uma disputa em dois turnos. No primeiro,o partido explica como vê o futuro do país, apresenta as ferramentas para construir esse futuro e diz como lidar com os problemas mais imediatos. Uma candidatura serve para tudo isso.”