Economia & Negócios

Tombini volta a afirmar que BC vai atuar para conter inflação

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21/05/2013



 O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reafirmou nesta terça-feira em audiência pública no Congresso Nacional a mesma mensagem que disse em evento no Rio de Janeiro na semana passada.

“O Banco Central está vigilante e fará o que for necessário, com a devida tempestividade, para colocar a inflação em declínio no segundo semestre e para assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, disse Tombini aos parlamentares presentes em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO) em conjunto com outras comissões da Câmara e do Senado.

Tombini prometeu que a inflação nos próximos três meses será menor que a observada no primeiro trimestre deste ano. “O combate à inflação contribuirá para fortalecer a confiança de empresários e consumidores na economia brasileira”, reafirmou. O presidente do BC ainda lembrou que choques de ofertas no segmento de alimentos contribuíram para que a inflação ficasse elevada nos últimos trimestres. “Quero reafirmar a avaliação do BC de que a inflação está e continuará sob controle”, repetiu.

Ele ainda destacou que não só a comunicação, mas também as ações do BC mudaram – com o início do ciclo de aperto monetário em abril – e têm sido “consistentes” com a avaliação da instituição de que a inflação declinará. “O combate à inflação é necessário e vem no sentido de fortalecer os pilares da economia brasileira”, disse.

O presidente do BC reiterou que a missão da instituição é fazer a inflação convergir para o centro da meta. “Não há política para que a inflação fique no teto; teto é teto. Nosso objetivo é o centro da meta”, afirmou Tombini ao responder as perguntas recorrentes dos parlamentares sobre o aumento de preços. O governo estipulou para este ano a meta de inflação em variação de 4,5% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com intervalo de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.

Tombini reafirmou que os ciclos monetários não foram abolidos. No entanto, segundo ele, o fato de a Selic ter subido agora não reverte “todo um processo de redução de juros no Brasil”, que foi estrutural. Embora haja uma alta conjuntural da taxa básica de juros, “vamos continuar tendo os juros mais baixos do que no passado não tão recente”, afirmou se referindo ao corte de 5,25 pontos percentuais entre o fim agosto de 2011 e outubro de 2012.



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