Economia & Negócios

Tomate fica mais barato em 14 cidades e puxa queda da cesta básica

economia


04/07/2013



O preço do tomate caiu em 14 cidades no mês de junho, contribuindo para a queda do valor da cesta básica, segundo pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta quinta-feira (4).

Segundo o Dieese, das 18 cidades pesquisadas, 10 registraram queda no valor dos produtos
alimentícios essenciais. Os maiores reucos foram verificados no Rio de Janeiro (-3,55%), em Vitória (-3,14%), Manaus (-2,07%) e Belo Horizonte (-2,0%).

Apesar da queda de preços (-0,46%) da cesta paulistana no ultimo mês, São Paulo continuou a ser a capital com a cesta básica mais cara: R$ 340,46. Na sequência, aparecem Porto Alegre (R$ 329,16), Manaus (R$ 316,29) e Vitória (R$ 315,63). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 248,07), Salvador (R$ 260,20) e Campo Grande (R$ 275,91).

Com relação ao preço do tomate, s maiores retrações ocorreram no Rio de Janeiro (-21,50%), Goiânia (-17,94%) e Manaus (-14,10%). Segundo o Dieese, este movimento dos preços pode estar relacionado ao aumento da oferta do fruto para o mercado consumidor.

No semestre, preços subiram

Apesar do recuo nos últimos meses, no primeiro semestre de 2013, as 18 capitais apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações situaram-se em Aracaju (21,57%), João Pessoa (20,02%) e Recife (19,17%). Os menores aumentos foram verificados em Florianópolis (6,00%), Belo Horizonte (6,05%) e Vitória (8,50%).

Em 12 meses (entre julho de 2012 e junho último), os aumentos do custo da cesta básica, embora continuem em desaceleração, ainda se mantêm acima de 10% em todas as regiões, segundo o Dieese.

Preços de produtos

O café e o óleo de soja ficaram mais baratos em 16 cidades, de acordo com o levantamento.

O preço da carne bovina, produto de maior peso na composição do valor da cesta básica,
apresentou queda em 11 capitais. Já o açúcar barateou em 13 das 18 capitais pesquisadas.

O preço do arroz também contribuiu para moderar o custo da cesta básica na maioria das
capitais pesquisadas. Em junho, foram apuradas nove reduções.

Entre os produtos que ficaram mais caros, o destaque ficou para o leite in natura que subiu em 13 capitais e o feijão, que aumentou em 11 capitais.

Salário mínimo deveria ser de R$ 2.860, diz Dieese

Segundo o Dieese, em abril deste ano o salário mínimo deveria ser R$ 2.860,21, ou seja, 4,22 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678. Em maio, o mínimo necessário era maior: equivalia a R$ 2.873,56 ou 4,24 vezes o piso vigente. Em junho de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.416,38, o que representava 3,88 vezes o mínimo de então (R$ 622).

O valor é calculado mensalmente pelo Dieese com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.



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