O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) estuda a construção de uma nova sede para abrigar sua estrutura administrativa. Em entrevista à CBN João Pessoa nesta quarta-feira (26), o presidente da Corte, desembargador Fred da Nóbrega Coutinho, afirmou que a atual sede histórica no Centro da capital não comporta mais todas as demandas do Judiciário estadual. Segundo ele, a administração do Tribunal analisa possibilidades para a futura obra, incluindo locais na região central da cidade e em outras áreas.

“O nosso Tribunal é belíssimo, histórico e jamais deve ser esquecido. A nossa história está ali e o que é história deve ser preservado. Atualmente, continuamos lá, só que a nossa estrutura cresceu. Lá, já não abarcamos mais os desembargadores. Ou seja, nós temos praticamente vários desembargadores, entre 9 a 10, no Fórum de Mangabeira. Nós estamos com os servidores provisoriamente no Instituto João XXIII, uma parte no próprio fórum criminal e outra parte em fórum cível. Então, é sim, é radar nosso pelo menos colocar a primeira pedra dessa construção futura. A ideia da nossa gestão é estudar com muita maturidade o início da obra, porque é uma obra que não é pequena”, declarou.

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Questionado sobre a localização da nova sede, o desembargador destacou que há diferentes áreas em análise. “Estamos em estudo. Há discussões de que poderia ser no Centro, um terreno na área sul ou ao lado contrário. Então, a gente quer deixar uma obra não para o presente. O início dessa obra tem que ser bem pensado, olhando o futuro para que ela venha e venha para ficar por muitas e muitas décadas. Então, isso faz parte da nossa intenção de meta mesmo da gestão: iniciar um novo Tribunal”, disse.

O presidente do TJPB também mencionou a possibilidade de transferência apenas da estrutura administrativa para o novo prédio, mantendo parte dos serviços no Centro de João Pessoa. “Poderia sair o Tribunal, mas manter-se-ia toda a estrutura do Judiciário lá. Uma das ideias que se tem é de fazer o Judiciário social naquele prédio do anexo. Então, a gente manteria a estrutura toda no Centro e continuaríamos, lógico, com o Fórum Cível e Criminal onde estão e partiria praticamente só a estrutura administrativa do Tribunal”, explicou.

Sobre a hipótese de utilizar o prédio do antigo Clube Astrea, Fred Coutinho afirmou que a área foi cogitada, mas ainda sem definição. “Ventilou-se o Astrea. É uma área grande e que, em tese, comportaria sim. Mas ali tem toda uma história. Pode ser, mas ainda não há avanço nenhum em relação ao local do Astrea. Seria uma possibilidade como várias outras. Ofereceram um terreno perto de Jaguaribe, mas a gente tem que ver o futuro. A gente não pode pensar numa construção só para agora. A gente tem que ver todas as consequências dessa obra porque aonde o Judiciário chega ali cresce”, concluiu.