Esporte

“The Last Dance”: documentário estrelado por Michael Jordan levanta questões polêmicas sobre fator individual em esportes coletivos; ala brasileiro Leandrinho fala sobre o assunto


25/07/2020

Fonte: Getty Images



Polêmica nem sempre é um assunto que vem átona quando se trata de um dos esportes mais coletivos da história, como o basquete, principalmente quando o assunto é o poder de decisão de um único jogador que pode resolver todo o confronto com o adversário sozinho. Mas não é assim que um dos maiores jogadores da história do esporte pensa e esse assunto vem causando um forte frisson logo após a exibição do documentário “The Last Dance”, ou “Arremesso final”, estrelado por Michael Jordan.

Dono de uma carreira de sucesso inquestionável no Chicago Bulls, Jordan levantou em seu documentário questões importantes como o fator individual do atleta, liderança e poder de decisão quando o assunto é desestabilizar a mente do adversário para decidir confrontos de forma individual. Claro que o tema deixou bastante furioso ex-companheiros de time como Scottie Pippen, Karl Malone e Horace Grant. Como pode ele resolver sozinho se nós estávamos em quadra? E para abordar esse assunto, a equipe da Betway, um dos maiores do mundo maiores site de apostas esportivas online, entrevistou o multicampeão, conhecido nas quadras americanas como o The Brazilian Blur, vencedor da temporada 2014/15 da NBA pelo Golden State Warriors, o ala-armador Leandrinho para responder sobre essas e outras questões.

Brasileiro Leandrinho, é jogador da NBA (Reprodução)

Para Leandrinho, mesmo com toda experiência e títulos em quadra, é difícil falar de alguém como Michael Jordan, mesmo que para rebater o fator individual responsável por toda essa polêmica que elevou o tom crítico do esporte mais coletivo e democrático da história.

“É um cara que você não pode comparar com ninguém e é difícil falar algo ruim sobre esse atleta. Ele é super decisivo, um cara que gosta de desafio, um cara diferenciado, que gosta de treinar muito. A equipe fica boa com ele, é um cara que você sabe que pode contar 24h; se você colocar a bola na mão dele, ele vai acabar com o jogo e ele gosta dessa responsabilidade, desse jeito de jogar, desse meio de fazer as coisas”, afirmou o ala-armador ao blog do Betway.

Com a experiência de quem jogou ao lado de grandes nomes como Stephen Curry e Klay Thompson no Golden State Warriors, jogadores que tem fatores idênticos aos de Jordan quando o assunto é fator individual, o ala brasileiro define essas características como condição secundária, já que segundo ele, esses jogadores só podem decidir o jogo quando se tem um time que joga em favor deles.

“Eu acho que ele pode ser individual ou não, claro que muitas vezes a gente pensa nisso, porém, a individualidade do atleta acaba sendo envolvida em todo o grupo. Eu, por exemplo, joguei com Stephen Curry e Klay Thompson e os dois são muito individualistas, mas o time trabalhava para que eles pudessem ser. Essa característica deles colaborava com o nosso grupo. Então, no fundo, acabou sendo uma coisa bastante coletiva”, disse ele ao pontuar sobre essa questão que vem causando polêmica na NBA.

A verdade é que toda essa discussão por causa de um documentário é porque no fundo se trata de um jogador que ficou em quadra por quase quadro décadas, jogando dos Bulls ao Wizards até 2003, mas que mesmo 17 anos após a sua aposentadoria, a ausência dele ainda é sentida, junto com o seu poder de decisão. O que podemos afirmar, sem criar mais polêmicas, é que aos 57 anos Michael Jordan com o seu documentário “The Last Dance” continua sendo decisivo tanto dentro, como fora de quadra quando o assunto é NBA, basquetebol e fator individual de um atleta multicampeão.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //