O comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, criticou a legislação criminal do país e lamentou a morte do sargento Josemberg da Silva que foi assassinado na noite da última terça-feira (09) em Santa Rita, na Grande João Pessoa, durante um tiroteio.

Em entrevista à Rádio Correio, ele criticou a falta de punição a criminosos no Brasil e disse que toda a corporação da Polícia está de luto. Josemberg foi o segundo policial morto em menos de uma semana no Estado.

Para o coronel, a falta de uma punição severa faz com que a população crie um sentimento de desengano. Ele criticou a legislação criminal do país.

“Sabemos que os responsáveis por alguns desses crimes já haviam sido presos, mas acabaram sendo soltos. É extremamente necessária uma validação mais ampla das ações da Polícia. Infelizmente casos como esse faz com o que o sentimento de impunidade cresça e as pessoas nutram a certeza de que um dia serão elas as vítimas da violência. Temos uma legislação criminal frágil, mas não vamos desistir. Apesar do luto, a Polícia Militar ainda acredita na nossa missão constitucional e não vamos desistir dela, nós representamos a sociedade e queremos honrar essa missão”, ressaltou.

Ele aproveitou o momento para destacar também o esforço da Polícia em combater o crime, mas falou que poucas vezes o trabalho é validado. “A Polícia Militar realiza cerca de 10 mil prisões e três mil apreensões de armas de fogo por ano, mas, infelizmente, a validação dessas ações é mínima. Chegamos ao número de três policiais mortos e o sargento foi o sétimo homem ligado à Segurança assassinado este ano, já que também tivemos mortes de bombeiros e agentes”, lembrou.

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