A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, por unanimidade, o agravo regimental apresentado pela defesa do médico Fernando Paredes Cunha Lima, acusado de estuprar crianças durante consultas em João Pessoa. Foragido desde novembro do ano passado, Fernando Cunha Lima teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).

O julgamento ocorreu em sessão virtual entre os dias 13 e 19 de fevereiro. A relatora do caso, ministra Daniela Teixeira, foi acompanhada pelos ministros Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas, Joel Ilan Paciornik e Messod Azulay Neto, que também presidiu a sessão.

Em sua decisão, a ministra destacou que a manutenção da prisão preventiva é necessária diante da gravidade das acusações e das circunstâncias dos crimes. “O suspeito, em tese, praticou os delitos aproveitando-se da relação de confiança havida por ser médico das vítimas”, afirmou.

A defesa do médico pretende apresentar um novo recurso. “Ainda não fomos intimados da decisão. Após a disponibilização pelo STJ, iremos analisar e, considerando nosso entendimento acerca da desnecessidade da prisão, certamente iremos recorrer”, disse o advogado Lucas Mendes.

O processo corre em segredo de Justiça para preservar a identidade das vítimas.