Política

STF inicia oitivas com depoimento de Mauro Cid em inquérito sobre tentativa de golpe


14/07/2025

Portal WSCOM com 247

O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início nesta segunda-feira (14) a uma nova fase de oitivas no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado atribuída a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A primeira audiência é com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos delatores do caso, que depõe às 14h, diretamente ao ministro Alexandre de Moraes.

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As audiências abrangem os núcleos 2, 3 e 4 da investigação, com sessões marcadas até 23 de julho. Pela manhã, antes do depoimento de Cid, serão ouvidas testemunhas de acusação indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), incluindo Éder Balbino, Clebson Vieira e Adiel Alcântara.

Núcleos investigados

Núcleo 2 – Uso da máquina pública:

Acusa ex-integrantes do governo Bolsonaro de utilizar órgãos como a Polícia Rodoviária Federal para restringir o trânsito de eleitores, especialmente no Nordeste, no segundo turno das eleições de 2022. Entre os réus estão Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF), Marcelo Câmara (coronel do Exército), Filipe Martins (ex-assessor de Bolsonaro), Marília de Alencar (delegada da PF), entre outros. As oitivas ocorrem entre os dias 15 e 21 de julho.

Núcleo 3 – Plano de ação golpista:

Inclui militares que, segundo a denúncia, planejaram a redação de uma carta golpista às Forças Armadas e chegaram a discutir ações extremas, como o assassinato de autoridades, incluindo Lula e o ministro Alexandre de Moraes. Os depoimentos desse grupo serão colhidos entre 21 e 23 de julho.

Núcleo 4 – Desinformação e ataque ao sistema democrático:

Aponta para a atuação de militares da reserva e civis em campanhas de desinformação para desacreditar o sistema eleitoral e pressionar por uma intervenção militar. As oitivas ocorrem nos dias 15 e 16 de julho.

Limitações e vetos

No total, 178 testemunhas devem ser ouvidas, mas o ministro Alexandre de Moraes vetou algumas indicações feitas pela defesa, entre elas os filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo. Carlos foi indiciado no caso da “Abin paralela”, e Eduardo é investigado por obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.



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