Política

STF forma maioria contra decretos de Bolsonaro que liberam armas no Brasil

Até a noite desta sexta, seis ministros já tinham se posicionado para barrar temporariamente as normas e decretos do governo


17/09/2022

Os decretos que flexibilizaram a posse e o porte de arma foram promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro

Reuters

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria, nesta sexta-feira (16), para confirmar a liminar dada por Edson Fachin que suspendeu os efeitos de uma série de decretos e outras normas editadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para flexibilizar o porte e a posse de armas.

Até a noite desta sexta, seis ministros já tinham se posicionado para barrar temporariamente as normas e decretos do governo. O julgamento, que ocorre no plenário virtual do STF, vai até a próxima semana e até lá os ministros podem alterar os votos, o que, no entanto, é incomum.

Fachin havia tomado a decisão de suspender os decretos em caráter liminar na análise de três ações movidas pelo PSB e pelo PT questionando os atos do governo. A decisão inicial ocorreu a dois dias das manifestações previstas para o 7 de Setembro que foram convocadas por Bolsonaro.

Na ocasião, Fachin chegou a aventar o risco de “violência política” que aumenta com a campanha eleitoral para justificar a decisão.

Após a liminar de Fachin, Bolsonaro já chegou a ameaçar que, se reeleito, “resolve a questão dos decretos em uma semana”, dizendo não concordar com a determinação do magistrado.



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