Um ano depois, Radek Stepanek voltou a ser herói da República Tcheca. Assim como havia acontecido em 2012, ele venceu o duelo decisivo na disputa do título do grupo mundial da Copa Davis e deu a taça ao país. Neste domingo, jogando em Belgrado, o tenista de 34 anos teve enorme facilidade para superar o novato Dusan Lajovic por 3 sets a 0, com parciais de 6-3, 6-1 e 6-1.

Em 2012, a decisão da Copa Davis também foi até o último jogo. Naquela edição, a partida derradeira foi disputada entre Radek Stepanek e o espanhol Nicolás Almagro. Em quatro sets, o tcheco venceu e garantiu o título.

"Eu não tenho palavras para descrever o que aconteceu hoje. Foi absolutamente diferente do ano passado. Nós esperamos 32 anos para conseguir um segundo título da Copa Davis, e vencer em dois anos seguidos é fantástico", disse Stepanek depois do jogo deste domingo.

Escolhido para substituir o lesionado Janko Tipsarevic, Lajovic tinha apenas um jogo de simples em Copa Davis antes da decisão deste ano. Em 2013, ele perdeu para Tomas Berdych no primeiro duelo de simples.

No entanto, a Sérvia tinha Novak Djokovic. O atual número 2 do mundo venceu os dois jogos de simples. Como a República Tcheca venceu nas duplas, a decisão ficou para o duelo entre Stepanek e Lajovic, que tem apenas 23 anos.

O título da República Tcheca neste ano é o terceiro da região na Copa Davis. Além de 2012, eles haviam conquistado a edição de 1980 – na época, o país ainda era conhecido como Tchecoslováquia.

No início do jogo deste domingo, Lajovic e Stepanek demonstraram nervosismo pelo peso do confronto. Prova disso é que ambos tiveram os serviços quebrados nos dois primeiros games da partida decisiva.

Só que Stepanek controlou mais rapidamente o nervosismo, trabalhou melhor no game seguinte em que teve o saque e fez 2 a 1. E Lajovic, ainda irregular, permitiu ao tcheco outra quebra em sequência.

Essa sequência inicial foi determinante para a vitória de Stepanek por 6 a 3 no primeiro set. A despeito de ter cometido oito erros não forçados contra apenas dois de Lajovic, o tcheco soube aproveitar muito mais os pontos em que trabalhou com primeiro serviço, combinando saque forte e subidas à rede.

A dinâmica seguiu no segundo set. Stepanek, que havia convertido 15 em 18 subidas à rede na parcial inicial, teve 11 acertos em 15 tentativas na etapa seguinte. Mais uma vez, o tcheco apostou em um saque forte e em voleios rápidos.

Com isso, Stepanek conseguiu evitar os golpes mais confortáveis para Lajovic. O sérvio teve de arriscar e cometeu 18 erros forçados no segundo set – o tcheco concedeu apenas quatro.

Outro fator que chamou atenção no segundo set foi o crescimento do segundo serviço de Stepanek. O tcheco conseguiu 75% dos pontos quando precisou trabalhar nessa situação.

Lajovic, que já vinha nervoso desde o primeiro set, simplesmente não encaixou um jogo que funcionasse como antídoto para os saques e os voleios de Stepanek. Com isso, viu o tcheco fechar o segundo set com fáceis 6 a 1.

A vitória abalou até o controle emocional de Lajovic. Prova disso é que Stepanek controlou totalmente o terceiro set, mesmo subindo menos à rede. Ele conseguiu uma quebra para fazer 3 a 1 e depois conduziu a parcial com tranquilidade e ainda obteve nova quebra para fechar o jogo com nova vitória por 6 a 1.

"Eu só posso agradecer aos fãs que estiveram conosco hoje [domingo]. Nós fizemos história. Somos um país verdadeiramente pequeno, e conseguir esse bicampeonato é um feito e tanto para nós", finalizou o herói Stepanek.