Os quatro ex-jogadores que tiveram os contratos rescindidos pelo presidente Mauricio Assumpção concederam entrevista coletiva nesta quarta-feira, num restaurante na Barra da Tijuca. O atacante Emerson Sheik e o lateral-direito Edilson reclamaram das condições de trabalho no Glorioso. O ex-camisa 7 contou das dificuldades que funcionários e atletas enfrentam por causa dos salários atrasados.

– Tem gente no clube que passa fome. Tô errado? (questionando os demais jogadores demitidos). Tem gente no clube que faz todas as refeições lá porque não tem em casa. Tem gente com filho recém-nascido – disparou Sheik, que também reclamou de outras coisas.

– O Botafogo tem uma história linda, uma torcida linda, mas não tem um campo decente para treinar. Por isso, várias lesões. Só vim para o Botafogo na intenção de ajudar. Vim de um lugar que não faltava remédio e meus companheiros não pediam dinheiro para gasolina. A diretoria se fazia presente – completou.

O lateral-direito Edilson reclamou da falta de remédios no clube. O ex-camisa 33 contou que precisou comprar medicamentos com o próprio dinheiro porque o clube não os oferecia.

– Eu pagava o meu tratamento do meu próprio bolso. Isso é uma falta de consideração com os atletas. Joguei em clubes de menor expressão, mas em um clube como o Botafogo não pode faltar remédio para um atleta. Acho o fim do mundo – disse.