O mercado de capitais teve uma alta de 5% no volume financeiro do setor imobiliário no primeiro semestre deste ano. Esse crescimento representa um salto de R$ 15,3 trilhões para R$ 16,6 trilhões, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (14), durante o Abecip Summit 2025, realizado em São Paulo, de acordo com o portal InfoMoney.

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Apesar da expansão, o desempenho do segmento imobiliário ficou abaixo da média geral do mercado, que avançou 8,1% no período. A captação via mercado de capitais é apontada como alternativa para financiar o setor, especialmente diante da redução nos depósitos da poupança e do aumento dos saques.

Impacto das mudanças nas LCIs

Um dos fatores que afastaram investidores foram as alterações nas regras das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Antes com liquidez em três meses, o prazo passou para nove meses e, posteriormente, foi reduzido para seis meses. Essas mudanças, somadas à taxa Selic em 15%, têm levado investidores a priorizar aplicações de renda fixa mais seguras e com retornos imediatos, redirecionando recursos para outros instrumentos.

Fundos e certificados imobiliários

Nos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), o avanço foi de 4,3% no período, também inferior à média geral. O patrimônio líquido do setor cresceu de R$ 349 bilhões em janeiro de 2024 para R$ 365 bilhões em junho de 2026.

Já os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) tiveram desempenho superior à média do mercado, com alta de 7,6% entre dezembro de 2024 e junho de 2025. O estoque subiu de R$ 223 bilhões para R$ 240 bilhões, sinalizando maior apetite dos investidores por esse tipo de título.