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Servidores da Saúde realizam protesto em Campina Grande e anunciam nova mobilização


21/07/2021

(Foto: SINTAB)

Portal WSCOM

Os servidores da saúde de Campina Grande realizaram, na manhã desta quarta-feira (21), uma mobilização na frente da Secretaria de Administração de Campina Grande. O objetivo da manifestação, de acordo com a categoria, era protestar contra o descaso da gestão municipal, que descumpre todos os direitos da categoria, como a oferta de equipamentos de proteção individual (EPIs) básicos, e também cobrar do governo, solução para os problemas que comprometem a carreira e colocam em risco a vida dos trabalhadores.

Segundo a organização, o ato, aprovado em assembleia virtual coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab) no último dia 15, aconteceu com número restrito de participantes e observando todas as normas de segurança sanitária, como uso de máscaras e álcool 70 º, para evitar contaminação pelo coronavírus.

O presidente do Sintab, Giovanni Freire, detalhou os motivos da manifestação. “Não vamos nos calar porque a população precisa saber do desrespeito com que estamos sendo tratados. O que mais precisamos é garantia de direitos e todos os nossos direitos estão sendo negados! O Plano de Cargos deve ser cumprido, as progressões há anos estão paradas, recebemos equipamentos em quantidade insuficiente e de má qualidade, que não protegem e têm levado os servidores a perder suas vidas. Por isso estamos aqui hoje, é um grito de socorro à população”, destacou.

A desvalorização destes servidores também foi evidenciada na fala do diretor de Comunicação do sindicato, Napoleão Maracajá. “Estamos aqui com os servidores da saúde, que são peças fundamentais na crise causada pela pandemia. Estes são os verdadeiros heróis do povo e o governo municipal não garante um único direito! O povo de Campina Grande precisa tomar conhecimento desta situação absurda!”, enfatizou.

Para o diretor de Política e Formação Sindical da instituição, Franklyn Ikaz, o atual gestor municipal não demonstra interesse em garantir esses direitos. “É inaceitável que enquanto o povo morre, o prefeito vire as costas para esses trabalhadores e ao negar receber o sindicato, está negando o direito do povo de ser assistido. As mortes têm culpados e os culpados são gestores que não têm compromisso com a vida”, avaliou.

Realidade desumana

Uma realidade difícil de suportar, mas que ainda assim, não diminui a dedicação dos profissionais de saúde efetivos do município, que, como destacam eles próprios, não ocupam as ruas porque são desocupados, como infelizmente julgam alguns, mas para lutar por direitos fundamentais que seguem sendo negados. “Nós não queríamos estar aqui, nós queríamos estar nos nossos locais de trabalho atendendo a população, mas somos obrigados a vir para frente da Administração cobrar nossos direitos, porque entra governo, sai governo, nós continuamos sendo tratados com desumanidade”, declarou uma agende de saúde presente na manifestação e que terá sua identidade preservada, já que casos de perseguição são recorrentes.

Por fim, o presidente Giovanni se solidarizou com as vítimas da pandemia e enalteceu mais uma vez o trabalho dos profissionais de saúde. “Queria ser solidário a todas as famílias das vítimas que perderam suas vidas para o descaso na gestão da pandemia, entre eles, tantos profissionais de saúde e o exemplo a ser seguido é o destes trabalhadores, temos os melhores profissionais de saúde do país, comprometidos com a vida e com a segurança da comunidade”, concluiu.

Nova mobilização – Novo ato dos servidores da saúde, novamente na frente da Secretaria de Administração e respeitando todo o protocolo de biossegurança, está agendado para a próxima terça-feira, 27, a partir das 9h30. Além disso, a direção do Sintab continua tentando ser ouvida pelo prefeito Bruno Cunha Lima, sobre os inúmeros e graves problemas que afetam a categoria.

 



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