Paraíba
Servidora e aluna da UFPB são convocadas a se apresentar na PF; ADUF denuncia perseguição da gestão da Universidade
08/08/2023
Portal WSCOM
A Diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB) emitiu uma nota expressando solidariedade a Lena Leite Dias, servidora da UFPB e militante do SINTESPB, e a Odara Moraes, dirigente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e estudante de Psicologia da Universidade.
Elas foram convocadas a se apresentar à Polícia Federal, uma ação que, segundo a ADUFPB, foi motivada por ‘posições políticas’ e ‘defesa vigorosa da democracia’ dentro da Instituição. O motivo alegado para a convocação não foi revelado. O Portal WSCOM apurou que o caso se refere a falas proferidas durante reunião do Consuni.
A nota aponta que essa ação, impetrada pela UFPB, ‘reflete o estado crítico que a universidade está enfrentando’. Além disso, aponta que a utilização de instituições estatais para ‘perseguir’ indivíduos que se posicionam contra a ‘intervenção na universidade ou contra a usurpação do poder é uma clara tentativa de minar a liberdade de expressão e de ação’.
A Diretoria da ADUFPB finaliza a nota reafirmando o compromisso com a proteção dos direitos civis e a garantia do espaço democrático dentro da universidade.
Leia a nota:
‘NOTA DE SOLIDARIEDADE DA DIRETORIA DA ADUFPB A LENA LEITE DIAS E ODARA MORAES
A Diretoria da ADUFPB vem, por meio desta, manifestar sua solidariedade a Lena Leite Dias, servidora da UFPB e militante do SINTESPB, que foi convocada a se apresentar hoje à Polícia Federal, por conta de sua posição política e contundente em favor da democracia na Universidade Federal da Paraíba e contra a intervenção sofrida pela instituição. Esta ação impetrada pela interventoria da UFPB consiste em mais um registro do momento crítico que atravessa nossa universidade, com a utilização do aparato de Estado para perseguição daqueles que não se conformam com a usurpação do poder e o solapamento da vivência democrática. Da mesma forma, manifestamos nossa solidariedade a Odara Moraes, dirigente do DCE e estudante de Psicologia desta universidade, que, também por sua atuação de resistência, sofre a mesma perseguição por parte da interventoria da UFPB. A história não será indiferente ao autoritarismo.’
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