Futebol

Sem brilho de Dagoberto e Diego Souza, Cruzeiro tropeça no Guarani

Mineiro


17/02/2013

A noite era para ser de Diego Souza, que fazia a estreia oficial com a camisa do Cruzeiro. Ou de Dagoberto, que, pela primeira vez, entrava como titular da equipe celeste. Porém, os dois, que centralizaram as atenções dos torcedores na Arena do Calçado, em Nova Serrana, na região centro-oeste de Minas Gerais, não conseguiram render o esperado. Assim, o Cruzeiro, que não rendeu o mesmo que nas partidas anteriores, ficou no empate em 0 a 0 com o Guarani-MG, em jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Mineiro.

Embora seja da cidade de Divinópolis, o Guarani-MG, neste Estadual, mandará seus jogos na vizinha Nova Serrana, já que o Farião, estádio oficial do clube, não foi liberado pela Federação Mineira de Futebol (FMF). Assim, mesmo "fora de casa", o Cruzeiro teve o apoio da grande maioria dos torcedores nas arquibancadas. Porém, a insatisfação foi total, pelo resultado e também pela atuação do time cruzeirense.

Diego Souza teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, nessa sexta-feira, mas já treinava com o elenco desde 7 de janeiro. Assim, um possível desentrosamento não pode ser usado como desculpa para a má atuação. Já Dagoberto, que marcou em todos os jogos da temporada (um amistoso e duas partidas pelo Mineiro), foi substituído no intervalo, sob a alegação de cansaço.

O Guarani-MG, por sua vez, fez o jogo pedido pelo técnico Leston Júnior. O empate diante de uma das grandes forças do futebol mineiro, foi considerado um grande resultado. O goleiro Leandro, com intervenções espetaculares no segundo tempo, foi o grande destaque da partida. Com o ponto conquistado, o Bugre segue sem perder na competição e, com dois empates, está na sétima posição do torneio. O Cruzeiro, por sua vez, chegou aos sete pontos e se manteve em primeiro lugar, à frente do Atlético-MG, que tem seis.

Na próxima rodada, o Guarani-MG receberá o Villa Nova, novamente na Arena do Calçado, no domingo, às 16h (de Brasília). O Cruzeiro só voltará a campo no dia 2 de março, diante do Tombense, no Mineirão.

Poucas chances

O jogo começou muito disputado, mas pouco jogado. Aos trancos e barrancos, era o Guarani-MG que atacava mais, mas com pouca qualidade, sem nenhuma organização e sempre pelo alto. A primeira chance foi do Cruzeiro.

Éverton Ribeiro fez grande jogada individual pela direita, passou por três marcadores e chutou para defesa de Leandro. Quase em seguida, o Guarani-MG respondeu. Com o campo reduzido, um balão da defesa virou um lançamento. Carlos Júnior saiu na cara de Fábio, que antecipou bem e afastou.

Atrações da noite, Diego Souza e Dagoberto estavam sumidos. Com a boa marcação do Guarani-MG, que recuava quando não tinha bola, as duas equipes não encontravam espaço. Diego Souza só foi aparecer na defesa. Foi ele quem evitou que um cruzamento chegasse até Lucas Newiton, em lance perigoso. A única chegada era com Ceará, pela direita. Em cruzamento dele, Anselmo Ramon ganhou de cabeça e quase abriu o placar.

A primeira oportunidade clara foi do Guarani-MG. Após falta da direita, Asprilla desviou de cabeça, e Fábio fez grande defesa. Após a batida, o goleiro celeste ficou com a bola e saiu rápido. Foi quando surgiu a melhor chance do Cruzeiro no primeiro tempo. Dagoberto, finalmente, apareceu. Anselmo Ramon esticou para Everton Ribeiro, na direita, que foi ao fundo e cruzou. Sozinho, no segundo poste, Dagoberto tinha só que empurrar para o fundo das redes. Mascou.

Após os 30 minutos, os anseios ofensivos do Guarani-MG acabaram. O Bugre passou a se defender ainda mais. Com isso, o Cruzeiro teve o domínio da posse de bola, mas não conseguiu passar pela barreira adversária. Chegava apenas eventualmente.

Pressão e falta de gols

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com Egídio no lugar de Dagoberto. Com isso, o técnico Marcelo Oliveira retornou ao esquema 4-2-3-1, utilizado nos jogos anteriores, e apostou no único caminho que se desenhava para o gol: as bolas cruzadas pelo alto. Em cinco minutos em campo, Egídio já havia levantado três bolas na área. Pelo chão, a Raposa só conseguia chegar em lances de habilidade de Éverton Ribeiro. O Guarani-MG voltou do intervalo para se defender. E o Cruzeiro foi para cima com tudo.

Não demorou para o time de Belo Horizonte colocar mais um atacante em campo. Aos 14, Luan entrou na vaga do volante Leandro Guerreiro. Em seguida, foi a vez de Borges. A torcida pediu, e o camisa 9 entrou, no lugar de Anselmo Ramon. Só dava Cruzeiro, mas o time celeste não conseguia transpor a retranca do Bugre. Embora não levasse perigo nos contra-ataques, o time de Divinópolis marcava com perfeição.

O ferrolho vermelho quase foi vencido aos 29 minutos. E quase que outro estreante marcava. Após cruzamento da direita, Luan desviou de cabeça. A bola foi caprichosamente na trave. Cinco minutos depois, Egídio cruzou da esquerda, Diego Souza ganhou pelo alto, mas o goleiro Leandro salvou. No lance seguinte, Diego Souza de novo, e mais uma vez pelo alto, quase marcou. Quando a pressão do Cruzeiro era tão grande que parecia insuportável, Leandro fez outro milagre em cabeceio de Paulão. 



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