Brasil & Mundo

Sede da OAB-RJ tinha mais artefatos além do que explodiu, diz polícia

Susto


07/03/2013



 A explosão no edifício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Avenida Marechal Câmara, 150, no Centro do Rio, que levou o prédio a ser esvaziado na tarde desta quinta-feira (7), não era para ser a única, segundo o Esquadrão Antibombas da Polícia Civil. Em varredura no local, outros artefatos, todos sem poder de destruição, assim como o que explodiu, foram encontrados. Não houve feridos.

O ex-presidente da OAB Wadih Damous contou ao G1 que um explosivo conhecido como "cabeção de nego", de pequenas proporções, deu origem ao estrondo. Disse ainda que o Disque Denúncia recebeu uma ligação pela manhã de um homem, que seria militar da reserva, informando que Wadih seria assassinado nesta quinta-feira no prédio do órgão. Um papel com a denúncia teria sido entregue a ele por um policial.

Procurado pela reportagem, o Disque Denúncia informou que procurou no sistema o registro das denúncias citadas, mas não encontrou ligações correspondentes.

“As bombas seriam para atingir a mim, segundo a denúncia”, disse Wadih Dhamous. “Foi uma provocação”, definiu o ex-presidente, que acredita que o caso tenha relação com a instalação da Comissão Estadual da Verdade, que ele presidirá a partir de segunda-feira (11) e que, a exemplo da Comissão da Verdade do Governo Federal, será criada, com sete integrantes, sob a justificativa de investigar crimes de Estado cometido durante a última ditadura militar.

Em nota, a OAB confirmou que, às 15h50, um artefato foi lançado das escadas entre o 8º e 9º andares do prédio e que não houve danos ao prédio ou ferimentos a funcionários. "Em seguida, o presidente da seccional fluminense, Felipe Santa Cruz, recebeu um telefonema do comando o Corpo de Bombeiros avisando que havia recebido uma denúncia sobre a existência de três bombas que teriam sido ‘plantadas’ na sede", diz o texto enviado pela assessoria de imprensa.

Por orientação dos bombeiros, segundo a OAB, Santa Cruz recomendou que funcionários abandonassem o prédio à espera do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil. "A OAB/RJ aguarda a análise técnica do artefato e a investigação para se pronunciar", completa a nota.

Segundo a corporação, bombeiros do Quartel Central foram acionados para o local por volta das 16h40 e iniciaram varreduras pelo edifício.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //