O ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou neste domingo (17), em um pronunciamento em rede nacional, o fim do Estado de Emergência Sanitária Nacional por causa da covid-19. A medida foi criada em fevereiro de 2020 para diminuir a burocracia em torno das contratações temporárias de profissionais de saúde, aquisições de bens e contratações de serviços, além da tomada de medidas excepcionais como o uso de máscaras, autorização das consultas médicas a distancia entre outras medidas.

Segundo o ministro Queiroga, será editado nos próximos dias um Ato Normativo que vai explicar detalhadamente quais serão as medidas adaptadas após a declaração do fim do Estado de Emergência Sanitária.

O secretário executivo de gestão hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde, Jhony Bezerra, explicou nesta segunda-feira (18) as consequências do anúncio do fim do ‘Estado de Emergência Sanitária’ na Paraíba.

De acordo com o secretário, o fim do decreto não significa o fim da pandemia, e afirmou que a rede de saúde do estado continua vigilante e atenta ao vírus.

“É importante à gente frisar que o fim do Estado de Emergência não quer dizer que é o fim da pandemia. O vírus continua circulando. O decreto é apenas uma forma administrativa para facilitar a compra de insumos, medicamentos, contratação de pessoal. Nossas unidades continuam vigilantes, nosso sistema de vigilância epidemiológica continua trabalhando ativamente porque a pandemia ainda persiste, e é importante a população ter consciência disso”, disse o gestor de saúde em entrevista a TV Cabo Branco.

Ele disse ainda que o fim do decreto não foi recebido com bons olhos pela gestão de saúde da Paraíba, que vai contra o entendimento da Organização Mundial de Saúde (OMS), e ainda que existe a possibilidade de surgimentos de variantes no país e também no estado.

“Foi de forma precipitada, a gente tem esse entendimento. Não houve um diálogo com o efetivo, com os secretários de saúde do país. A gente respeita, evidentemente, a decisão do ministro e do Ministério da Saúde, e a Secretaria Estadual de Saúde vai tentar dialogar da melhor forma e manter seu serviço de forma ativa, vigilante, porque a pandemia ainda persiste, a Organização Mundial de Saúde recentemente, reforçou esse status de pandemia, ainda há uma circulação viral com muitos novos casos e novas variantes, principalmente na Europa e na Ásia, e precisamos ficar vigilantes ainda com a possibilidade do surgimento de variantes no Brasil e na Paraíba”, alertou.