Eventos

Sapucaí em clima de Maracanã vê Imperatriz homenagear Zico

Sapucaí


04/03/2014



 Sem vencer o carnaval carioca desde 2001, a Imperatriz Leopoldinense apostou em um ídolo popular para contagiar as arquibancadas e chegar ao nono título no Grupo Especial do Rio de Janeiro. O homenageado foi Arthur Antunes Coimbra, o Zico, maior jogador da história do Flamengo e que fez 61 anos nesta segunda-feira (3). A escola iniciou a apresentação à 1h26 e a encerrou em 81 minutos (veja todas as fotos do desfile).

E se havia alguma dúvida de que a escola iria conquistar o apoio do público, a Imperatriz fez seu aquecimento cantando o hino do Flamengo. Em entrevista à TV Globo pouco antes de entrar na avenida, Zico contou que foi recebido na Marquês de Sapucaí com os parabéns da arquibancada. Enfim, só faltou ser no Maracanã.

Com o enredo "Artur 10 – O reino do galinho de ouro na corte da Imperatriz", a escola contou com 3.300 componentes divididos em 30 alas, 7 carros e dois tripés. O tradicional luxo da agremiação, aliado ao famoso desfile técnico (sem erros) que a fez chegar a vários títulos esteve novamente presente, agora com a assinatura do carnavalesco Cahê Rodrigues, assistente de Joãosinho Trinta na Beija-Flor, em 1989.

A comissão de frente foi um tributo à habilidade no futebol. Enquanto quinze garotos coreografados por Débora Colker encenavam passagens da infância de Zico, um deles (Tiago) fazia "miséria" com a bola nos pés.

"Dá-lhe, Dá-lhe, Dá-lhe Ô / O show começou! Dá-lhe, Dá-lhe, Dá-lhe Ô / Um canto de amor!
Imperatriz me faz reviver… Zico faz mais um pra gente ver!"

O carro seguinte teve a infelicidade de não ser original, por trazer um pebolim (ou totó) muito parecido com o apresentado pela União da Ilha, segunda a desfilar nesta noite. As baianas, com bolas nas fantasias, também eram semelhantes às da agremiação anterior, Vila Isabel.

Para compensar, o segundo carro era muito bonito, com uma imensa bola giratória que trazia o craque Rivellino, ex-Fluminense, Corinthians e seleção brasileira. Craques de vários times surgiram na Sapucaí: Roberto Dinamite, Deco, Edmundo, entre outros.

Ala com urubus, símbolos do Flamengo, outra com placas que formavam o escudo rubro-negro e uma alegoria inteira dedicada ao time campeão mundial de 1981, com Adílio, Leandro, Cantarelli, Nunes, Júnior.

A história do ex-jogador foi muito bem contada, com explicações sobre o apelido Galinho de Quintino e componentes representando os países por onde ele passou como atleta ou técnico (Itália, Japão, Grécia).

Em meio a criativas alegorias, a bateria também ousava com belas paradinhas. A escola toda estava muito bonita e fez jus à grandeza do homenageado, que veio no último carro ao lado da família. Zico, emocionado, usava uma camisa preta e vermelha, cores flamenguistas, e, por cima, uma capa com as cores da Imperatriz.
Já na dispersão, a torcida gritou "Mengo, Mengo, Mengo".



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //