Política

Ruy defende rigor no combate ao racismo e à intolerância na internet

PRESIDENTE DO PSDB


29/11/2017



 O presidente estadual do PSDB, Ruy Carneiro, diz que, embalado pelo debate permanente nas redes sociais, o País está vivendo um momento de plenitude democrática mas ao mesmo tempo de fortalecimento de um pensamento que estimula o ódio e a intolerância. “O desafio de cada cidadão, e de quem cuida das leis do País, é garantir a liberdade de pensamento mas ao mesmo tempo coibir atos que ferem os direitos humanos, como o racismo e o desrespeito ao credo religioso ou opção sexual das pessoas”, afirma o dirigente partidário.

 Ruy cita como exemplo o caso recente de discriminação racial demonstrado – e compartilhado nas redes – pela socialite americana Day McCarthy, que em um vídeo agrediu a filha dos atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso – Titi -, pelo fato de ser negra.

 “É condenável que em um ambiente onde as pessoas têm oportunidade de reivindicar melhorias para o País, para a sua comunidade, onde possam cobrar políticas públicas que resultem em bem estar social, coletivo, elas utilizem para pregar justamente o contrário, o ódio, o individualismo doentio e o vazio de ideias”, afirma Ruy.

 O parlamentar lembrou que esta demonstração de ódio a uma criança negra ocorre justamente no mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra. “Sete em cada 10 pessoas assassinadas no Brasil são negras. São cinco vidas perdidas a cada duas horas. Isto mostra a gravidade do discurso racista e intolerante desta senhora e de quem compartilhou este tipo de conteúdo na internet”, afirma.

 Ruy revela que apoiou no Congresso Nacional, esta semana, a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de relatório favorável à Proposta de Emenda Constitucional (PEC 129/15) que altera o artigo 227 da Constituição Federal para estabelecer os planos de enfrentamento ao homicídio de jovens no País, em sua maioria negros.

 A PEC torna obrigatória a execução dos planos nacional, estaduais, distrital e municipais de enfrentamento de homicídios de jovens, estabelecendo que estes planos devem ter duração decenal, com a articulação de várias esferas do Poder Público e sociedade civil para a execução de políticas públicas de enfrentamento ao extermínio de jovens.

 Ruy lembra ainda que de acordo com o Atlas da Violência 2017, lançado pelo IPEA, homens, jovens e negros de baixa escolaridade são as principais vítimas de morte violenta no País. “Atualmente, de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras”, alerta o parlamentar, para quem é preciso que a lei brasileira alcance todos os que estimulam o ódio pela Internet. 



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