Paraíba

Romero Rodrigues lança campanha de vacinação contra Febre Aftosa

Febre Aftosa


04/11/2015

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, fará nesta quinta-feira, 05, ao lado do secretário municipal de Agricultura, Fábio Medeiros, o lançamento da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Será às 8h na sede do assentamento Antônio Eufrozino, no Logradouro, distrito de Catolé de Boa Vista, ao lado da escola municipal Almirante Tamandaré.

A campanha será desenvolvida pela Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri). A campanha é coordenada por Gláucio Maracajá, também coordenador do Serviço de Inspeção Municipal e do Programa de Inseminação Artificial.

Nesta etapa, será obrigatória a vacinação dos rebanhos bovino e bubalino. A Prefeitura Municipal custeará 100% das doses vacinais. Serão duas equipes de vacinadores, que estarão percorrendo todo o município no mês de novembro, seguindo calendário pré-estabelecido.

A campanha de vacinação faz parte do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Esse programa tem como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal.

A campanha também serve para atualizar o cadastro das propriedades rurais dos produtores e, consequentemente, do rebanho existente no município de Campina Grande. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus, a qual confere imunidade de seis (6) meses após as primeiras vacinas. As campanhas de "vacinação obrigatória" ocorrem de 6 em 6 meses, geralmente em maio e novembro, a partir do terceiro mês de vida dos animais.

Segundo Gláucio Maracajá, a febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa. Trata-se de uma das enfermidades mais contagiosas e causa importantes perdas econômicas. A morte é baixa em animais adultos, mas nos bezerros provoca problemas cardíacos (miocardite) que levam à morte. Atinge ainda os bovinos, bubalinos, ovinos, suínos e caprinos, mas não afetando os equídeos.

Ele também explicou, que a transmissão ocorre por contato direto com animais afetados, além de secreções, vetores móveis (homens, animais domésticos) que tiveram contato com animais doentes, veículos e equipamentos nas mesmas condições.

“Os animais contaminados podem transmitir o vírus durante o período de incubação e também quando os sintomas da febre aftosa aparecem. O ar expirado, saliva, fezes, urina, leite e sêmen de animais doentes provocam contaminação até quatro dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas clínicos”, acrescentou o coordenador.

Nos primeiros dias antes do aparecimento das feridas, os animais apresentam falta de apetite, febre e redução da produtividade de leite. Após o aparecimento das aftas o animal não consegue se alimentar ou caminhar, consequentemente, ficando fraco.

Gláucio Maracajá explicou que “há recuperação entre 8 a 15 dias após os primeiros sintomas. Porém, pode haver deformação dos cascos, mastites, redução permanente da produção do leite, perda de peso, doenças do coração, abortos e morte dos mais jovens”, ressaltou. Ele acrescentou que “os sintomas em caprinos e ovinos podem passar despercebidos e em porcos há graves lesões dos pés. O diagnóstico clínico é através da observação das feridas e a confirmação após análise laboratorial de tecido coletado na mucosa oral (boca)”.

Como resultado deste mal, os animais acometidos são sacrificados e os cadáveres destruídos, devendo haver desinfecção dos locais e de todo material infectado (cabrestos, veículos, etc).



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