Política

Rodrigo Soares afirma que impeachment não tem fundamento jurídico

IMPEACHMENT


26/08/2016



O advogado e ex-deputado Rodrigo Soares declarou, diante do cenário do impeachment da presidente Dilma no Senado, que o processo não possui fundamentação jurídica. Para ele, a fala dos informantes e testemunhas deixa claro que não passou de planejamento e golpe. Rodrigo afirmou que: “Os depoimentos das testemunhas e informantes de acusação, pasmem, já demonstram que houve uma ação pensada, a partir do TCU, que precisa ser investigada, para construir a tese no órgão auxiliar de contas e levar esta tese adiante no processo do golpe em curso no Brasil, pelo primeiro dia está claro que o Senado não tem como fundamentar juridicamente a votação de um impeachment nos termos que esta em curso."

O ex-parlamentar chama a atenção ainda para os primeiros meses do governo interino que aplica um programa de governo que não passou pelo crivo do voto popular: “o mais grave ainda é que Temer aplica o programa de privatizações e desmonte do estado do bem estar social no Brasil defendido pelo PSDB e DEM que estavam na candidatura de Aécio, e Temer não teve um voto sequer da população para ser presidente permanente. Aprovar o golpe no senado significa apoiar o desmonte da educação, da saúde públicas, o fim da previdência social no país e ser cúmplice de um processo de exclusão social e aumento do desemprego, espero que os senadores pensem bem antes de tomarem esta posição”, declarou Rodrigo.

Afirma ainda o dirigente nacional do PT que a crise econômica foi potencializada pela crise política que a oposição junto com Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal, colocaram na agenda do país, “todos lembram das chamadas pautas bombas que Eduardo Cunha apresentou durante todo o ano de 2015 no parlamento visando gerar crise e instabilidade para o Brasil, além disso o PSDB e aliados nunca reconheceram a eleição de 2014 e recorreram com recontagem de votos e outros mecanismos de questionamentos e foram derrotado em todos, agora apostam no golpe afirmando que ele é necessário para tirar o país da crise, ora, a crise de democracia se resolve com mais democracia e não com o golpe, que significa menos democracia, o correto é o senado arquivar o impeachment e aprovar um plebiscito sobre novas eleições gerais”, declarou Rodrigo Soares.

No segundo dia são ouvidos os depoimentos das testemunhas de defesa que deve se estender pelo fim de semana, na segunda-feira é esperada a presença da presidenta Dilma no Senado Federal.



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