O ex-presidente do PSB e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, disse em entrevista exclusiva à Revista NORDESTE que seu partido se entregou ao PSDB, a partir de interesses localizados em São Paulo, desde o segundo turno das últimas eleições presidenciais, em 2014. Na avaliação dele, a cúpula socialista fez uma opção “retrograda”. Amaral ainda apontou o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, como "alternativa e esperança" para os futuros embates políticos.

Segundo Roberto Amaral, a oposição capitaneada pelo PSDB do senador Aécio Neves (MG) e, em especial, os dirigentes do PSB criaram artificialmente uma situação de crise, que tem sido ampliada em todo o País.

Sobre o PSB, ele afirmou que resolveu se afastar da cúpula partidária por entende que ela está distante dos ideários socialistas deflagrados desde a fundação da legenda. “Os interesses localizados em São Paulo [o vice-governador é Márcio França] têm levado a direção a um acordo beirando ao retrocesso porque se entrega a um partido ligado à direita brasileira”, comentou.

Sobre Ricardo Coutinho, o ex-ministro disse que "ainda temos o governador da Paraíba como uma alternativa e, ao mesmo tempo, esperança porque faz um governo ideológico, tem posições claras em favor do campo progressista e é uma opção qualificada para os embates futuros”.