Policial

‘Revoltante’, diz tio de menino atropelado por policial afastado no RS


28/10/2014

Segue em estado grave o menino de sete anos que foi atropelado por um policial militar na noite do último domingo (26) em Palmeira das Missões, no Norte do Rio Grande do Sul. A criança, que teve parte de uma perna amputada devido ao acidente, está em coma induzido no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, na mesma região, na tarde desta terça-feira (28), e corre o risco de precisar ser submetido a uma cirurgia na cabeça.

Além da mãe e do padrasto, o tio Rodrigo Estulano da Silva, de 27 anos, deixou o trabalho de carpinteiro em Porto Alegre, onde mora, para acompanhar a recuperação da criança. Enquanto se informa sobre o estado de saúde do sobrinho, ele critica o policial que atingiu a criança.

"É revoltante. A indignação é maior porque estava cheio de crianças na calçada e ele subiu em cima da calçada. As marcas estão lá para quem quiser ver. E ele é policial, e estava cheio de latas de cerveja no carro", lamenta.

O menino foi atingido quando estava em frente a um salão de festas onde era celebrado um aniversário. O policial foi internado após ser esfaqueado por moradores locais logo depois do acidente. Nesta segunda (28), ele teve alta e foi encaminhado ao quartel da Brigada Militar da cidade. O menino corre risco de vida, e a maior preocupação dos familiares é com a possibilidade de ele precisar ser submetido a uma cirurgia na cabeça.

"Nesta cirurgia, pode acontecer tudo. Ele está com uma pressão no cérebro, pela batida. Eles [os médicos] abrem o crânio e tiram um pedaço para facilitar a circulação de sangue. Essa cirurgia vai ser decisiva", diz o tio do paciente.

Segundo a Polícia Civil, havia latas de cerveja no carro usado pelo policial no acidente. Um exame será realizado para avaliar se o PM estava embriagado.

O Comando da Brigada Militar informou que o homem estava afastado da corporação há seis meses por conduta inadequada. Ele teve a prisão preventiva decretada e ficará à disposição da Justiça. O PM deve responder dois processos: um civil e outro militar.



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