Uma operação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) resgatou dez pessoas de uma comunidade terapêutica em Campina Grande nesta segunda-feira (24), após denúncias de agressões físicas, restrições ilegais de liberdade e irregularidades sanitárias. A ação ocorreu por meio de um grupo interinstitucional coordenado pela promotora de Justiça Adriana Amorim, especializada na defesa da saúde.

Entre as denúncias feitas pelos internos, alguns afirmaram que foram internados contra a própria vontade, enquanto outros, que haviam entrado de forma voluntária, tiveram o pedido de saída negado. Também relataram episódios de violência física e uso forçado de medicamentos. “Os acolhidos informaram que foram submetidos a internações involuntárias”, destacou a promotora Adriana Amorim.

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Durante a fiscalização, as equipes encontraram medicamentos vencidos e laudos médicos para internações assinados em branco. Internos que necessitavam de atendimento imediato foram encaminhados aos serviços de emergência psiquiátrica de Campina Grande.

“Os residentes em Campina Grande foram orientados a procurar o Caps-AD, que funciona como um serviço ambulatorial especializado, oferecendo acompanhamento clínico, terapias individuais e em grupo, além de apoio familiar”, ressaltou Adriana Amorim.

Participaram da operação representantes do Centro de Apoio Operacional da Saúde do MPPB, Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB), conselhos regionais de Enfermagem, Psicologia e Farmácia, além das secretarias municipais de Saúde, Assistência Social, Vigilância Sanitária e forças policiais civis e militares. O Ministério Público informou que aguarda os relatórios finais da fiscalização para decidir sobre novas providências jurídicas.