O procurador da República, Yordan Delgado, afirmou durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (25), que o relatório da Controladoria Geral da União (CGU), foi o que despertou no Ministério Público Federal (MPF), a necessidade de apurar suposto desvio de recursos nas obras do Parque Solon de Lucena, a Lagoa. Apesar dos indícios apontados pela CGU, o MPF e a Polícia Federal (PF) mantêm cautela nas investigações.

Segundo o procurador, a quantidade de lixo retirado do fundo da Lagoa – 200 mil toneladas conforme divulgado – não seria compatível com a mão de obra e com os equipamentos disponibilizados pela empresa responsável pela obra, a Compec.

Yordan Delgado explicou que o MPF já ouviu os proprietários da construtora e solicitou o auxílio da PF para colaborar com as investigações sobre a veracidade ou não das suspeitas do desvio de recursos públicos.

Ainda durante a coletiva à imprensa, Delgado destacou mais pessoas serão ouvidas para prestar esclarecimentos sobre a obra, principalmente funcionários da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

O procurador ainda destacou que cedo para apontar punições ou culpados. Ele relatou uma possível irregularidade na obra, relacionado ao tamanho do túnel construído para escoar água. O projeto teria apontado que o tamanho da passagem seria maior do que o que realmente foi construído.

“Ainda é cedo para apontar improbidade administrativa por parte da Prefeitura de João Pessoa. As investigações seguem sendo feitas”, comentou Yordan Delgado.