Política

Refeição no Restaurante Universitário da UFPB passa a ser a mais cara entre as federais do país


16/08/2025

Restaurante universitário (RU) da UFPB.

Da Redação / Portal WSCOM



O preço da refeição no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) sofreu reajuste na última sexta-feira (15) e agora custa R$ 17,33. Com o novo valor, o RU do Campus I, em João Pessoa, passa a praticar a tarifa mais alta entre as universidades federais do Brasil.

Em comparação, a menor cobrança é feita pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), onde o prato sai por apenas R$ 0,80.

Em nota oficial, a UFPB justificou o aumento como medida necessária para manter o funcionamento do RU, após a desistência da empresa vencedora do último pregão. Para evitar a paralisação, a instituição prorrogou por quatro meses o contrato com a atual operadora, até a conclusão de uma nova licitação. A Reitoria argumenta que o reajuste busca garantir a permanência estudantil e a assistência a alunos em situação de vulnerabilidade, assegurando que nenhum estudante fique sem acesso à alimentação.

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A decisão, no entanto, gerou forte reação do movimento estudantil. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) divulgou uma nota de repúdio contra o que chamou de “reequilíbrio fiscal” promovido pela administração universitária.

Segundo o DCE, a elevação abrupta do preço é “excludente” e ignora a realidade socioeconômica de grande parte da comunidade acadêmica. “O RU é um instrumento essencial de permanência estudantil, devendo garantir acesso universal e democrático à alimentação de qualidade por um valor acessível a estudantes, trabalhadores e visitantes”, destacou a entidade.

O movimento informou ainda que, durante as negociações, apresentou alternativas para minimizar os impactos, conseguindo da gestão apenas duas concessões: a abertura de um novo edital para auxílio parcial e a convocação de todos os estudantes que estão na lista de espera do RU.

Por fim, o DCE anunciou que está organizando um ato em defesa dos direitos estudantis e da assistência estudantil, reforçando que “a universidade pública deve ser sinônimo de inclusão, não de barreiras econômicas”.



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