Política

RC espera boa relação com Temer, mas alfineta: “não há legitimidade sem o voto”

CONJUNTURA


10/05/2016



O governador Ricardo Coutinho (PSB), comentou em entrevista à Rádio Arapuan, nesta terça-feira (10), sobre a possibilidade de saída da presidente Dilma Rousseff (PT) e da possibilidade de novas eleições, um dia antes da votação do impeachment no Plenário do Senado Federal.

Ricardo afirmou que para governar tem que existir legitimidade e governabilidade. “Não há legitimidade sem o voto, sem a participação do povo. Já na governabilidade há a força do povo, mas dentro do Congresso, ela, [Dilma], teve essa parte abalada. Eu acho que não existem mais condições no Brasil de ter uma política sem incluir o povo. As inclusões que aconteceram ao longo desses oito anos foram de total crescimento e as pessoas não vão admitir retrocessoss, isso é algo que que quero cultivar muito”, destacou o gestor.

Segundo ele, o Brasil vive um momento complexo, a crise não é econômica e sim política. “Ela foi bastante pensada. Acho muito grave o que está acontecendo. A economia parou por uma crise política e não econômica, e essa crise foi construída mês após mês, dia após dia. Agora mais do que nunca o povo brasileiro precisa prosseguir em nome da Democracia”, afirmou.

Ricardo falou ainda sobre o PMDB ter maioria absoluta e poder para chegar a ocupar a Presidência da República. “Não existe maioria absoluta. Aquela verdade que existia foi se dissipando, as pessoas conhecem, sabem, comentam sobre um projeto que está sendo construído como solução mas que não é solução. Eu cho que ficaraia muito mal para o PMDB”, frisou.

No entanto, o gestor afirmou que num eventual Governo Temer, manterá o bom relacionamento e que mesmo com as dificuldades, cumprirá sua função institucional.

“Não se pode mexer no Fundo de Participação do Estado (FPE), eu sei remar contra a maré, venho disso e tenho coragem para defender a população como um todo. E eu não acredito que vá haver qualquer tipo de retaliação porque eu fui eleito, represento com legitimidade o Estado da Paraíba, não quero mais mas tambem não aceito menos. Saberei cumprir meu papel institucional e constitucional”, ressaltou. 



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