Política

RC diz que não pretende mudar a cúpula de segurança e aprova rejeição da maiorid

NINGuém sai


01/07/2015



O governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (1), que não pretende atender aos pedidos da bancada de oposição, relativos à promoção de substituições do secretário da Segurança e da Defesa Social, Cláudio Lima, e dos demais membros da cúpula de segurança do Estado.

Em entrevista no Palácio da Redenção, o socialista disse que os oposicionistas desconhecem a diferença entre o que é política pública de segurança e violência e deixou um recado bem claro: “não vou fazer mudanças naquilo que está avançando".

“Eu acho que a oposição tem o seu papel, mas ela não compreende o que é segurança e o que é violência. São duas coisas distintas, segurança é uma política pública, a violência não é política pública”, disse.

O governador Ricardo Coutinho explicou: “Quando dois marginais fazem o rapto de duas mulheres e de uma criança e levam para um matagal, ali não foi falta de segurança, porque segurança nenhuma adivinharia que aquilo ocorreria, ali foi excesso de brutalidade e de violência, são coisas diferentes. Segurança está na prisão, no desvendamento dos crimes, na redução das taxas de criminalidade, o que nós estamos conseguindo”.

Ainda segundo Ricardo Coutinho, a Paraíba conseguiu diminuir os índices de criminalidade nos últimos quatro anos, chegando a ter segunda menor taxa de homicídios da região Nordeste. Para ele, a meta é registrar os menores números entre os nove estados nordestinos ainda em 2015.

“Ninguém vê isso? Ou estão esperando o quê? Uma mágica para poder dizer que a partir de agora a violência some, isso não existe nem aqui e em nenhuma parte do mundo. Eu acho que a oposição talvez não compreenda isso, mas eu respeito, só que não vou fazer mudanças naquilo que está avançando. Eu sei o que é política pública e estou preparado para ser cobrado”, frisou.

Rejeição da maioridade penal
O governador Ricardo Coutinho ainda parabenizou o Congresso Nacional pela rejeição à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/93, que previa a redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos de idade para os crimes considerados "graves".

“Eu acho que não se resolva absolutamente nada reduzindo a maioridade, você trazendo quem é de 18 para 16, daqui a pouco para 14, para 11, você não vai resolver o problema central. É claro que crimes hediondos, que crimes repetidos, precisam ter um tempo de internação bem maior do que os três anos que o Estatuto da Criança e do Adolescente preconiza, mas isso é uma questão de lei infraconstitucional, jamais pode ser uma cláusula da Constituição. O Congresso foi feliz ao agir dessa forma”, comentou.

Por fim, o governador opinou que para amenizar o problema da violência será preciso o País promover o endurecimento das leis penais e ter a “coragem” de promover ações enérgicas de repressão contra o tráfico de drogas. “É preciso tratar as drogas de maneira diferente, porque no meio disso tem um comércio que está matando muita gente. O País precisa ter a coragem de acabar com isso”, concluiu.
 



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