Política

Quem bateu panelas contra Dilma, não terá condições de comprá-las, diz Couto

POLÍTICA/ECONÔMICA


22/12/2016

O deputado Luiz Couto (PT-PB) afirmou no plenário da Câmara, nesta segunda-feira (19), que a única saída para estancar a crise política e econômica na qual o Brasil está mergulhado é a renúncia de Michel Temer ainda este ano e a consequente convocação de novas eleições para 2017. Segundo o parlamentar paraibano, o presidente ilegítimo que ascendeu ao poder mediante um golpe parlamentar não inspira confiança aos brasileiros.

“Há no planalto brasileiro uma desesperança ou mesmo um exterminador do futuro. O povo carece de uma esperança. Mas, infelizmente, em vez de pão, vem recebendo bordoadas do Planalto. Após o golpe de 2016, o país afundou em um mar de incertezas e fantasias ilusórias criadas a enganar, surrupiar e retirar direitos conquistados, pelo povo e para o povo, há anos de luta e diálogos. Não há saída a não ser a renúncia de Temer. De agora em diante, se não houver eleições diretas, o país estará enlaçado no maior inimigo do homem, a miséria”, afirmou.

O petista alertou que as consequências geradas pelo agravamento da crise econômica graças às ações do governo golpista e ilegítimo de Temer já são reconhecidas até por organismos internacionais. Como exemplo, Luiz Couto citou que “no último dia 12 deste mês o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) alertou para um retrocesso nas ações de combate à pobreza no Brasil”.

Para o parlamentar petista, qualquer política econômica adotada que não contemple a redução da pobreza e da miséria pode colocar o País em uma “saia justa” internacional. “A redução da pobreza e temas como desigualdade social, corrupção, violência crescente, degradação do meio ambiente e déficit de infraestrutura integram a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Essas metas foram adotadas por 193 países-membros das Nações Unidas, incluindo o Brasil, a partir da Rio+20, em 2012”, alertou Couto.

O parlamentar alertou que se o governo ilegítimo permanecer no poder, e não houver eleições diretas para que assuma um governo com legitimidade popular, a situação pode piorar ainda mais. “Quem bateu panela para saída de Dilma, daqui a alguns dias não terá condições nem de comprá-las”, concluiu.
 



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