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Qual a origem do cinema?

Veja curiosidades sobre a origem do cinema, essa arte centenária que entretém tantas pessoas pelo mundo


22/08/2022

Portal WSCOM



Você já parou para pensar na origem do cinema? Hoje, assistir filmes populares é algo normal, mas imagine você em uma época em que o cinema nem existia. De repente, alguém consegue capturar cenas do cotidiano e reproduzi-las em imagens em movimento. Um espetáculo, não é mesmo?

 

Pois é. Tudo começou em 1889, com um pequeno aparelho que exibia imagens minúsculas e silenciosas. Veja só um pouco dessa história centenária.

A origem do cinema

A palavra cinema é uma abreviação de “cinematográfico”. Com origem em duas palavras gregas: “cine”, que significa movimento, e ágrafo, que significa gravar. Logo, a palavra cinema significa movimento gravado.

 

A História do cinema começa bem antes da primeira exibição dos irmãos Auguste e Louis Lumière, em 1895. Essa mágica sétima arte teve início, na verdade, com uma invenção chamada cinetoscópio, em 1889.

O surgimento do cinetoscópio

O cinetoscópio não projetava imagens em telas, era uma experiência – mágica – e individual. Essa invenção de William Dickson, assistente do cientista e inventor americano Thomas Edison, permitia que o espectador observasse, por um buraco, imagens fotografadas em sequência que criavam uma ilusão de movimento.

 

Sua estreia foi em maio de 1893, no Instituto de Artes e Ciências do Brooklin. As primeiras produções mostravam coisas do cotidiano, como mulheres dançando, animais ou homens trabalhando.

 

Com salas de exibição em Nova Iorque, os cinescópios, apesar de ser um entretenimento caro, foram um verdadeiro sucesso e logo se expandiram para a Europa. Sem patente internacional, a invenção foi popularizada e aprimorada por outros cientistas e empresas.

O cinematógrafo

A aprimoração do cinetoscópio deu origem a outra invenção, o cinematógrafo. Foi em 22 de março de 1895, na França, que ocorreu a primeira exibição pública desta invenção que projetava as imagens em movimento em uma tela, inaugurando o que conhecemos como cinema.

 

Durante a exibição, os irmãos Lumière mostraram o filme intitulado “La Sortie de L’usine Lumière à Lyon” (A saída da Fábrica Lumière em Lyon). Tratava-se do registro da saída dos funcionários do interior da empresa, em Lyon, e da chegada de um trem à Estação de la Ciotat.

 

A exibição dos irmãos deu origem às primeiras direções cênicas e o cinematógrafo passou a registrar cenas dramáticas, teatralizadas, como mostra o sociólogo Edgar Morin, na obra “O cinema, ou O Homem Imaginário – Ensaio de Antropologia Sociológica”.

A consolidação do cinema enquanto arte

Foi nas primeiras décadas do século XX que o cinema se consolidou como arte. Inicialmente, a ideia era que ele funcionasse como as fotografias e servisse para documentar momentos. Porém, dois artistas mudaram os rumos da produção cinematográfica: Alice Guy-Blaché e Georges Méliès.

As inovações de Alice Guy-Blaché

Alice Guy-Blaché foi pioneira no cinema francês. Seu primeiro, de mil filmes, foi baseado em um conto popular: “A fada dos repolhos”, em 1896. Ela inovou ao utilizar dupla exposição ou até mesmo alterar a velocidade da câmera para conseguir efeitos que trouxessem um diferencial ao narrar suas histórias.

 

Foi ela, também, a primeira a usar cores e som em seus filmes. Seu maior destaque é a sua superprodução “A vida de Cristo” (1906) – considerando os parâmetros da época. Neste filme, ela chegou a utilizar 300 figurantes.

O ilusionista Georges Mèlies

Já Mèlies, contribuiu com a evolução do cinema ao utilizar cortes, sobreposição e zoom, algo nunca antes feito. O que deu essa visão diferenciada a ele foi o fato de ele ser um mágico ilusionista, incorporando truques, inclusive do teatro, em suas obras.

 

Entre suas obras, sua maior produção foi o filme Viagem à Lua. Inovando em roteiro, e efeitos especiais, a película é uma adaptação, de forma inesperada à época, do livro de Júlio Verne.

 

Depois disso, outros movimentos artísticos influenciaram na sétima arte, como as obras de D. W. Griffith, nos EUA, o Expressionismo da Alemanha, o Surrealismo da Espanha e o cinema soviético.

De onde veio o termo Sétima Arte?

A partir da publicação do “Manifesto das Sete Artes” (1923), de Ricciotto Canudo, o cinema passou a ser conhecido em quase todo o mundo como a sétima arte. O italiano categorizou as expressões artísticas da seguinte forma:

 

  1. Música
  2. Artes cênicas
  3. Pintura
  4. Escultura
  5. Arquitetura
  6. Literatura
  7. Cinema

 

Depois, outros autores adicionaram mais quatro, alguns sem consenso da comunidade científica:

 

  1. Fotografia
  2. História em quadrinhos
  3.  Video Games
  4. Arte digital

Mas, o termo “Sétima arte” não foi adotado por todos os países. A denominação não ‘pegou’ em países de língua inglesa, como EUA, Reino Unido, Austrália e Canadá.

 

Em uma rápida evolução, o cinema não para de ganhar novas produções inesquecíveis. Os efeitos especiais, desde a origem do cinema, têm se aprimorado cada vez mais e chegando a níveis nunca imaginados em sua criação. Pelo visto, o cinema nunca vai deixar de surpreender.

 



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