Política
PT completa 45 anos: dirigentes paraibanos exaltam conquistas históricas do partido ‘do povo’, enquanto legenda lulista enfrenta novos desafios
10/02/2025
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O ex-presidente Lula e a deputada federal Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)
Por Anderson Costa e Anna Barros
Fundado no dia 10 de fevereiro de 1980, em evento no Colégio Sion, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores se estabeleceu como a principal agremiação política de esquerda no Brasil. Ao longo de seus 45 anos de existência o partido marcou a política nacional, impulsionado em grande parte pelo capital político de um dos seus membros fundadores, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
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Dentre as grandes lideranças políticas que já integraram ou integram o PT, estão, além do próprio Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff, o deputado federal e ex-líder do movimento estudantil Lindbergh Farias, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o ex-ministro Cristovam Buarque e a ex-senadora Heloísa Helena.
Nacionalmente, além de já ter eleito o ocupante da presidência da República por 15 anos com os mandatos de Lula e Dilma, a sigla mantém uma forte presença na Câmara dos Deputados e no Senado. Atualmente o partido conta com 16 deputados federais e cinco senadores eleitos.
Na Paraíba a legenda também possui grande representatividade com lideranças políticas importantes na política estadual integrando os quadros petistas. Dentre estes nomes podem ser destacados o ex-governador Ricardo Coutinho, o deputado federal Luiz Couto, os deputados estaduais Luciano Cartaxo e Cida Ramos e o vereador da Capital Marcos Henriques.
O repórter Anderson Costa, do Portal WSCOM, conversou com o presidente estadual do partido na Paraíba, Jackson Macêdo e com o presidente do diretório municipal da Capital, Marcus Túlio e ouviu a avaliação feita pelas duras lideranças destes 45 anos de história petista.
“O PT nasceu da luta social, dos movimentos sociais, da luta por emprego, do movimento sindical, para a luta institucional. Então é um partido que, diferente da maioria dos partidos, não nasce dentro do Congresso Nacional. Ele nasce na luta do povo”, vibrou Jackson.
O presidente estadual também relembrou os governos de Lula e Dilma, afirmando que foram essenciais para a história do Brasil. “Os governos do PT mudaram esse país, incluíram milhões de pessoas na economia, geraram emprego, de modo muito especial os governos do presidente Lula e da presidente Dilma”, disse.
Marcus também resgatou as principais conquistas do partido para o país nos seus anos de governo. “Falar do PT também é relembrar um pouco do que os nossos governos fizeram nesse país, né? Então não dá pra falar no PT e não falar do Fome Zero, falar do Bolsa Família, do Prouni, da Farmácia Popular, do SAMU, do Bolsa Atleta, Luz para Todos, do programa Pé de Meia, não dá pra falar do PT e dos nossos governos sem lembrar da valorização do salário mínimo”, pontuou.
O presidente do diretório municipal também alfinetou outros partidos que já haviam declarado o fim do PT que, durante esses 45 anos, não aconteceu.
“É uma data para comemorar, muitos que disseram que o PT acabaria, já mudaram de nome, já fizeram fusão partidária e outros estão aí com data, e outros partidos estão com data para acabar, e nós não”, concluiu.
Além dos feitos
O PT tem uma trajetória acumulando conquistas, mas também enfrentou desafios, como o Mensalão, revelado em 2005, quando um esquema de compra de apoio parlamentar no Congresso Nacional veio à tona, resultando na condenação de lideranças do partido.
Anos depois, a Operação Lava Jato, iniciada em 2014, apontou casos de corrupção envolvendo políticos petistas e contratos da Petrobras, levando à prisão de figuras como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja condenação foi posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou irregularidades no processo.
Nos últimos anos, o PT tem buscado se reestruturar após os impactos da Lava Jato e do impeachment de Dilma.
A eleição de Lula em 2022 representou um retorno ao poder, enquanto o governo enfrenta desafios, como a necessidade de conciliar diferentes forças políticas no Congresso, lidar com uma polarização crescente e retomar o crescimento econômico, além do que a própria estruturação do partido, que ainda gira em torno basicamente da figura do presidente Lula.
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