Política

PT alega ‘escândalo’ contra Temer e tenta no STF adiar votação do impeachment

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08/08/2016



"Eles querem votar amanhã a pronúncia do impeachment contra a presidenta Dilma. Mas sinceramente, não tem condições. Esse escândalo envolvendo Michel Temer, José Serra e Eliseu Padilha caiu como uma bomba aqui em Brasília", afirma o senador paraibano Lindbergh Farias (PT-RJ) em vídeo postado na tarde desta segunda-feira (8), nas mídias sociais on-line.

Lideranças do PT e de outros partidos da oposição no Senado vão ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda nesta segunda-feira, para tentar adiar a votação do relatório do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que está marcada para esta terça-feira (9).

Lindbergh se refere às denúncias feitas por Marcelo Odebrecht em sua delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo ele, Temer pediu, do Palácio do Jaburu, um dinheiro extra de R$ 10 milhões para o PMDB, que foi entregue em dinheiro vivo.

Desse montante, segundo o ex-presidente da Odebrecht, R$ 4 milhões teriam sido entregues para o ministro interino da Casa Civil, Eliseu Padilha. Sobre José Serra, Odebrecht disse que o tucano recebeu R$ 23 milhões via caixa dois e que tinha contas bancárias no exterior.

Para Lindbergh, a tentativa de acelerar o processo de impeachment visa blindar o governo Temer dessas acusações. "Se for aprovado o impeachment em definitivo, se afasta a presidenta Dilma e assume Michel Temer. Michel Temer quando vira presidente em definitivo, ele não pode ser investigado por fatos anteriores ao seu mandato", lembra o petista.

"Então votar esse impeachment é blindar Michel Temer. Ele não vai poder ser investigado. Uma denúncia muito forte, muito concreta", critica Lindbergh. "Então nossa tentativa aqui é paralisar esse processo de todo jeito", insiste o parlamentar.

Confira o vídeo compartilhado por Lindbergh Farias:
 



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