O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, viverá nas próximas 48 horas a fase de “maior teste” de sua trajetória política e de gestão diante de forte ação de seus adversários incluindo o governador Ricardo Coutinho para a consolidação, ou não, da nona assinatura do pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre resíduos da Lagoa.

De acordo com o Blog de Walter Santos, há uma intensa mobilização nos bastidores para chegar além da nona assinatura. Leiamos o que ele diz:

Luciano encara maior teste político do mandato
                     Walter Santos

Durante todos os mais de três anos de gestão, o prefeito Luciano Cartaxo nunca viveu grave ameaça ou crise com a base aliada na Câmara Municipal de João Pessoa até porque sempre teve maioria folgada no Parlamento.

Esta realidade, contudo, está ameaçada com o inicio do ano legislativo de 2016 com forte articulação da Oposição com direito até ao chamamento do governador Ricardo Coutinho podendo redundar na obtenção da nona assinatura para a abertura de CPI denominada de Lixo da Lagoa.

Nas próximas 48 horas, certamente o líder do PSD vai precisar se desdobrar ao máximo para evitar a Comissão Parlamentar de Inquérito pois sua existência tiraria o Governo do “céu de brigadeiro” com o qual conviveu ao longo dos anos.

Na prática, segundo apuramos, oito assinaturas já estão certas, conforme até anunciou o vereador Renato, da Oposição, ontem, na Câmara Municipal.

De acordo com dados chegados ao Blog, até amanhã o veredicto será anunciado, ou não, vai depender da agilidade e/ou capacidade do prefeito.

DURVAL FERREIRA INSATISFEITO

Para piorar ou deixar o cenário de fragilidades, o presidente da Câmara, Durval Ferreira, não esconde de ninguém o ar de insatisfação na relação com a gestão Cartaxo.

Embora não revele, ele anda irritado com o tratamento a pleitos de seu mandato.

Este é mais um complicador.

ATENÇÃO REDOBRADA

O núcleo duro do Governo Cartaxo já percebeu que vai precisar trabalhar muito porque sabe da habilidade e força do principal adversário, no caso o governador Ricardo Coutinho, que entrando no processo pode gerar dissabores, como seria a CPI.

– Não podemos sequer dormir, porque ele é perigoso – disse um alto Secretário de Cartaxo.

EFEITOS OU NÃO

O prefeito age para implodir a CPI porque sua existência passaria a deixar o Governo ocupado em sua maior parte com o debate publico para explicar as diversas situações e isto repercutiria no clima interno e no desempenho da equipe nas obras e serviços.

Em síntese, as próximas 48 horas serão decisivas para o futuro até da sucessão municipal.