Paraíba

Projeto arquitetônico do Mangabeira Shopping valoriza conforto e bem estar

Mangabeira Shopping


29/11/2014

Empreendimentos de grande porte com shoppings centers se tornam marcos de referência na paisagem urbana das cidades, carregando a responsabilidade de imprimir ares de contemporaneidade na área onde se inserem. Por isso, projetos como o do Mangabeira Shopping, que será inaugurado neste sábado (29), na zona sul da capital paraibana, tornam-se excelentes espaços para experimentação de novas tecnologias e usos de novos materiais.

Seguindo uma tendência de praticidade e agilidade na construção, o projeto do Mangabeira Shopping fez uso de painéis isotérmicos pré-pintados para o fechamento das fachadas, por tratar-se de uma opção versátil, garantindo uma obra rápida, limpa e sem desperdícios. Na busca de amenizar o volume rígido gerado por esse material, as arquitetas Carmen Raquel de Sá Pires Guedes Pereira e Maria Raquel Salmen Maurício, procuramos marcar as entradas principais, com formas mais suaves, através de volumes curvos que emolduram amplas sacadas abertas em todos os pisos, com revestimento em folheado de pedra natural, dando um caráter mais orgânico a construção.

O espaço interno foi concebido de forma a proporcionar espaços amplos através de corredores largos com pés-direitos generosos de 6,50 m, bem mais altos que o convencional, valorizando as vitrines das lojas e a visibilidade do mall. Esse recurso possibilitou que as lojas âncoras tivessem suas vitrines duplicadas, otimizando assim o espaço, pois cada loja âncora tem dois pisos de loja, com acesso por um mesmo piso de shopping, duplicando o espaço útil. As arquitetas Carmen Raquel de Sá Pires Guedes Pereira e Maria Raquel Salmen Maurício, destacam que esse conceito é o grande diferencial do projeto na região.

Acompanhando a tendência mundial do segmento em proporcionar luz natural ao ambiente interno, foi proposto no último pavimento um teto de vidro com dimensões surpreendentes. Trata-se de uma enorme coberta em estrutura metálica composta de formas geométricas articuladas captando a luz natural através de um jogo de espaços transparentes e opacos, com o cuidado de iluminar naturalmente sem comprometer o conforto térmico, respeitando a intensa incidência de sol da nossa região. Essa estrutura foi viabilizada através do projeto estrutural do calculista Argemiro Brito. Toda a água pluvial desta coberta converge para uma estrutura em forma de cone, também em vidro, levando-a para um espelho d’água no pavimento térreo, situado na entrada principal, gerando um elemento de destaque na arquitetura do shopping, valorizado com a implementação de fontes com movimento de água e luz. O shopping possui vários vazios que permitem que a luz natural captada pela coberta do terceiro piso atinja os demais.

O acesso principal do shopping conta com uma generosa praça composta por espelho d’água, fontes, áreas verdes e bancos, assinada pela paisagista Patrícia Lago. Todo o piso do estacionamento é de blocos intertravados, permitindo a permeabilidade do solo e a reabsorção de água.

Ultrapassar medidas e levá-las às alturas sem dúvida tem sido um dos recursos mais aproveitados na composição arquitetônica de luxo em todo o mundo. O uso do pé-direito alto ou duplo é cada vez mais explorado por arquitetos como forma de valorizar a estética, a sustentabilidade e o bem estar. E assim não foi diferente no projeto do Mangabeira Shopping. O empreendimento traz 6,5 metros de pé direito e 8,1 metros de pé esquerdo, o que permite o uso de panos de vidro maiores, tornando os cômodos mais iluminados e arejados, além de proporcionar maior conforto, beleza e uma significativa economia de energia, principalmente nos gastos com iluminação e climatização.
Como uma das principais novidades trazidas pelas arquitetas Carmem Raquel Guedes Pereira e Maria Raquel Salmen, o pé direito utilizado no Mangabeira Shopping possibilitou a abertura de maiores vãos, a implantação de vitrines muito mais altas que o convencional, o plantio de árvores de grande porte e a extrema valorização de sua funcionalidade e trabalho estético realizado em todo o empreendimento.

Vale lembrar que o pé direito, termo que define a altura entre o piso e o teto, tem medida padrão de 2,5 a 2,8 metros de altura. Entre 3 e 4,5 metros de altura, ele é considerado alto. A partir de 5 metros, leva o nome de duplo, e quando a medida chega à marca de 8,4 metros ele é considerado triplo. “As lojas âncoras, por exemplo, possuem pé direito duplo, o que proporciona ao usuário a visão perfeita do andar de cima”, disse Maria Raquel Salmen, destacando que o recurso servirá muito bem ao apelo estético tanto do shopping (áreas comuns) quanto das próprias lojas.
“Onde há disposição de pavimentos com pé direito duplo sempre é possível explorar os vãos com a exposição de telas, objetos de arte, além de materiais como pedras, palha, tijolos e outros mais naturais como o que utilizamos no shopping, inclusive em sua fachada”, comentou a arquiteta, frisando que foram criados ambientes mais arejados, com vitrines altas e aberturas que iluminam muito mais os espaços sem incidir diretamente sobre as pessoas. O destaque e a valorização desses materiais e estética proporcionam aconchego e sofisticação aos ambientes, além de imprimirem identidade e personalidade ao projeto.

Tromba d’água e teto com controle da luz

E por falar em personalidade, a conveniência de possuir um pé direito alto, inclusive, possibilitou que a arquitetura do shopping dispusesse de alguns detalhes realmente impressionantes por sua beleza e delicadeza. Um desses detalhes é a tromba d’água que fica no hall de entrada do empreendimento. Com uma engenharia que parte do teto e vai até o chão, a tromba será uma das atrações mais visitadas do novo shopping. Segundo a arquiteta Maria Raquel Salmen, a água que sairá da tromba será captada das chuvas que cairão sob o teto do shopping.

Além disso, outra particularidade do Mangabeira Shopping será seu teto, que tem um “domus de vidro”. Conforme explicou a arquiteta, o domus é feito de áreas abertas e fechadas que serão controladas sistematicamente para a entrada da iluminação natural. “A cobertura do teto é feita em um vidro especial com filtragem de luz através da domus. Isso permitirá que aproveitemos a luminosidade natural, ao mesmo tempo em que não deixaremos o ambiente ficar muito quente, porque também temos o controle da luz através do recurso do sombreamento”, explicou Maria Raquel Salmen. Além da iluminação, a climatização do Mangabeira Shopping também será automatizada.

Sobre a fachada do empreendimento, as arquitetas que assinam o projeto fizeram questão de apostar em materiais mais naturais para quebrar com a rigidez dos shoppings. “A concretização foi pelo caminho do orgânico. Optamos por fazer a fachada folheada em pedra natural vermelha. Ficou extremamente sofisticado e imprimiu a marca do projeto que nasceu para aproveitar os recursos que nossa região tem, a exemplo do nosso sol”, esclareceu a profissional, lembrando que o piso do estacionamento é intertravado, que permite a permeabilidade do solo quando chove, evitando formação de poças d’água.



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