Saúde

Projeto agiliza tratamento de pessoas com câncer em João Pessoa

Voluntariado


20/05/2014



Ao receber o diagnóstico de câncer, a maioria das pessoas, tanto de João Pessoa quanto de cidades do interior da Paraíba, pensam imediatamente no hospital Napoleão Laureano. Como a procura é grande, muitos pacientes podem demorar até seis meses para iniciar o tratamento. Entretanto, um projeto social está conseguindo reduzir para um mês o tempo de espera para o início do tratamento contra o câncer pelo SUS.

Trata-se do Semente de Mostarda, que atua no Hospital São Vicente de Paulo. Mesmo o trabalho sendo realizado totalmente através do voluntariado, após a confirmação do diagnóstico, os pacientes podem ser encaminhados ao Semente de Mostarda através dos PSFs. De acordo com o coordenador do projeto, o médico Klécius Leite Fernandes, a fila de atendimento do projeto pelo SUS é de no máximo 30 dias e que há equipes aptas para atender a todos os tipos de câncer.

O médico conta que a população atendidapela iniciativa costuma ser mais carente do que a atendida pelo Napoleão Laureano e que, como todo o trabalho é voluntário, acaba sendo pouco conhecido. Médicos renomeados e conhecidos em suas especialidades já aderiram ao projeto nos últimos dois anos. “O Semente de Mostarda foi feito para captar corações através do voluntariado”, frisa. Fernandes afirma que a preocupação é atender com qualidade e de maneira digna a todos os pacientes que os procuram.

Apesar da importância na agilização do início do tratamento, que em muitos casos de câncer pode ser decisivo, o projeto foca também na informação sobre a doença. Fernandes explica que 80% dos casos de câncer são evitáveis, mas que entre 70% e 80% dos adultos já chegam para buscar tratamento quando a doença está em estágio avançado.

Por isso, foram realizadas visitas a escolas em diversos municípios para falar aos estudantes sobre cuidados preventivos e diagnóstico precoce, além de garantir a alguns a acesso a exames médicos. “Os alunos informados agem como multiplicadores e não tenho dúvida de que com educação, em 10 anos, vamos transformar a realidade da Paraíba”, idealiza o médico.



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