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Procuradorl Omar Bradley publica artigo: ‘Por que gostamos de arte?’

'POR QUE GOSTAMOS?'


08/03/2017



O procurador Omar Bradley escreveu um artigo, nesta quarta-feira (8), intitulado 'Por que gostamos de arte?'. Estudante da História das Artes, Omar inicia seu texto buscando o conceito do que vem a ser a arte e o belo.

"Percepções vão surgindo à medida que vemos, tocamos ou ouvimos a obra, e é muito comum termos uma emoção agradável com a arte", escreveu o procurador, que viaja pelo mundo em busca de história e lugares artísticos. 

Leia na íntegra o artigo:

A arte, de maneira geral, consiste numa habilidade técnica necessária à produção de um objeto ou ao exercício de um ofício. De maneira específica, considera-se arte o que é belo: o artista precisa dar ao seu trabalho um valor estético, ou seja, bonito, gracioso, sublime.

É bem verdade que o conceito de belo varia de acordo com o tempo e com os povos. É belo o que normalmente qualquer pessoa não questione o objeto da beleza. Poucos dirão, por exemplo, que a escultura Davi de Michelangelo ou as cenas de Anita Ekberg no filme A Doce Vida não são belas. 

O belo está sobretudo ligado à imagem. Muitas vezes o homem copia o que existe na natureza, e o resultado desse trabalho poderá ser esteticamente mais bonito do que a natureza que o inspirou. E não é incomum que o seja. Basta olharmos para algumas telas de Caravaggio para constatarmos a perfeição com que foram elaboradas: partes dos corpos humanos, como músculos, mãos e faces, assim como os animais e as espécies de plantas que as adornam, nos espantam, dado o domínio técnico desse notável mestre. 

Além do belo, o que nos faz gostar de arte é a liberdade. Quando nos deparamos com uma tela, um edifício ou uma música, nossa imaginação nos instiga. O pensamento flui. Percepções vão surgindo à medida que vemos, tocamos ou ouvimos a obra, e é muito comum termos uma emoção agradável com a arte. 

A liberdade é importante para gostarmos de arte porque nos dá o direito de gostar até do que não é belo, já que algumas obras causam incômodos, mas não deixam de ser arte. Portanto, a beleza e a liberdade, para a arte, não se contrapõem. Elas se completam, pois ambas causam emoções. Os encantos da arte são sedutores. E eis aí o porquê de gostarmos de arte: ela nos emociona. 



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