Paraíba

Procurador fala de “caixa preta”, desvios e apropriação indébita em Patos

EX-GESTORES EM PATOS


09/03/2017

O procurador do Município de Patos, Philipe Palmeira, foi o entrevistado na noite desta quarta-feira (08), no Programa Polêmica, levado ao ar pela Rádio Espinharas. Ele decidiu abrir uma parte da “caixa preta” que vem sendo investigada através de auditoria autorizada pela gestão do prefeito Dinaldinho Wanderley (PSDB) para apurar irregularidades e débitos em relação as contas da Prefeitura Municipal de Patos.

As revelações preliminares levantadas pela auditoria já dão conta de milhões de reais em débitos deixados pelas gestões dos ex-prefeitos Nabor Wanderley (PMDB) e Francisca Motta (PMDB), bem como irregularidades durante também deixadas pela gestão do vice-prefeito Lenildo Morais (PT) que assumiu interinamente durante o afastamento da prefeita Francisca Motta por decisão judicial.

Com documentos em mãos, Dr. Philipe iniciou dizendo que a cidade de Patos vivia uma maquiagem administrativa. O Procurador falou sobre o débito de Um Milhão Seiscentos e Oitenta e Três Mil Reais que foi deixado pela gestão Francisca/Lenildo junto ao Banco do Brasil para que a Prefeitura Municipal de Patos efetuasse o pagamento, pois houve descontos dos empréstimos consignados contraídos pelos servidores junto ao banco que foram descontados em folha, mas, no entanto, não eram repassados ao banco que levou os servidores a terem seus nomes negativados junto aos órgãos de proteção ao credito, bloqueio das contas destes servidores e da própria edilidade. O fato levou o prefeito Dinaldinho a fechar um acordo com o Banco do Brasil para pagar a quantia. O Procurador viu apropriação indébita e moveu uma representação criminal contra Francisca Motta e Lenildo Morais.

Falando em relação ao débito da Prefeitura Municipal de Patos junto a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA), o Procurador disse que desde 2009 a prefeitura não pagava as contas de água. O débito da prefeitura para com a CAGEPA é de quase 7 Milhões de Reais. A Procuradoria do Município de Patos entrou com uma ação judicial contra Nabor, Francisca e Lenildo. “A UBS (Unidade Básica de Saúde) vizinho ao SAMU, a UBS Horácio Nóbrega, inaugurada por Lenildo. Nessa UBS tinha um débito de R$ 37.000,00. Ou seja, quando nós chegamos a água estava cortada. Fizemos um acordo com a CAGEPA e foi ligada a água”, comentou Dr. Philipe.

O Procurador do Município de Patos esclareceu como irá funcionar as licitações para contratação de serviços e compra de material. Ele também falou sobre as contratações que foram feitas sem licitação dizendo que estão dentro da legalidade.

Dr. Philipe Palmeira acusou a gestão da ex-prefeita Francisca de faltar com a verdade junto ao poder judiciário quando teria “falsificado” informações para ludibriar a justiça usando o nome do Ministério Público Estadual (MPE) que cobrava cumprimento de decisões para efetivar servidores públicos aprovados em concurso, mas que não eram chamados pela gestão.

Perguntado sobre a realização de concurso público na gestão do prefeito Dinaldinho, Dr, Philipe disse que já foi firmado acordo entre a gestão e o MPE para que seja realizado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

O espaço fica aberto para as partes citadas pelo Procurador do Município de Patos enviarem suas versões sobre os fatos apresentados.
 



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