Política

Pressionado por bolsonaristas, Hugo Motta diz que anistia não será pauta única e defende pacificação nacional


07/04/2025

Da Redação / Portal WSCOM

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (7) que o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 não será o único tema debatido pela Casa. Em resposta às pressões de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Motta defendeu a necessidade de pacificação institucional e declarou que não cabe ao presidente da Câmara “censurar pautas” propostas por partidos.

As declarações foram feitas durante evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na capital paulista, um dia após Motta ter sido alvo de críticas durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista. O grupo pressiona pela aprovação, em regime de urgência, do projeto que concede anistia a condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

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“Não cabe ao presidente ser censor de pauta. Cada partido defende aquilo que entende ser importante”, disse Motta. Ele evitou mencionar diretamente a palavra “anistia” em sua fala, mesmo após ser questionado duas vezes por integrantes da plateia.

“É por isso que conduzirei esse tema com a serenidade que ele requer, ouvindo os líderes, respeitando a maioria da Casa, mas nunca perdendo essa capacidade de poder conversar sobre esse tema. Acho que essa sensibilidade é necessária, ela toca a todos nós. E a responsabilidade de poder, na solução desse problema, que é sensível, que é justo, nós não aumentarmos uma crise institucional que nós já estamos vivendo”, afirmou.

O deputado disse que a Câmara não pode se transformar em “uma casa de uma pauta só”. “O Brasil é muito maior do que isso, nós temos inúmeros desafios. Então nós não vamos jamais ficar restritos a um só tema, por mais relevante, importante que seja. Não é desequilibrando, não é aumentando a crise que nós vamos resolver o problema. Não é distanciando as instituições que nós vamos encontrar a saída para esse momento delicado e difícil que o Brasil enfrenta”, complementou.



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