{arquivo}Sete presos foram transferidos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, para presídios federais na manhã desta quarta-feira (12), segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. Anteriormente, a secretaria divulgou o número de oito detentos previstos para transferência. No entanto, o preso Leanderson Nonato dos Santos, que estava na Casa de Albergue do Monte Castelo e chegou a ser levado para o aeroporto, não embarcou. O motivo ainda não foi informado.

Com o grupo, sobe para 16 o número de transferidos desde o anúncio do pacote de medidas emergenciais criado pelo governo do Maranhão e Ministério da Justiça para conter crise do sistema carcerário do estado.
Os nomes dos detentos transferidos já foram divulgados pela polícia. São eles:
1 – Edmilson Viana Ribeiro Júnior (Presídio São Luís II);
2 – Marcos André Silva Viera (Presídio São Luís II);
3 – Jimmi Cleiton Alves Siqueira (Presídio São Luís II);
4 – Luís Fernando Cruz Rabelo (Centro de Detenção Provisória);
5 – Alberto de Carvalho Neto (Centro de Detenção Provisória);
6 – Gihelington de Jesus Santos Silva (Centro de Detenção Provisória);
7 – William de Oliveira Costa (Centro de Detenção Provisória).

Em entrevista ao G1, o secretário Aluísio Mendes disse que, por medidas de segurança, o destino dos presos não será divulgado até que eles cheguem ao local, o que deve ocorrer por volta de 11h. Procurado pelo G1, o secretário de Justiça e Adminstração Penitenciária do Maranhão, Sebastião Uchôa, preferiu não se pronunciar sobre a transferência também "por questões de segurança".

Um esquema de segurança formado por agentes da Polícia Militar, do Grupo de Escolta e Operações Especiais (Geop) e da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) foi montado no Aeroporto Marechal Cunha Machado para realizar o embarque dos detentos com segurança. Segundo a polícia, alguns dos presos que serão transferidos participaram dos ataques a ônibus ocorridos na noite de 3 de janeiro, na capital maranhense.
É o segundo grupo de presos transferidos após o anúncio do pacote de medidas emergenciais. No dia 20 de janeiro, nove detentos foram encaminhados para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

No dia 20 de janeiro, nove presos foram transferidos do Complexo de Pedrinhas, no Maranhão, para a Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul (Foto: Handson Chagas)

Entenda
Uma onda de ataques a ônibus e delegacias provocou uma noite de terror no dia 3 de janeiro, em São Luís, quando quatro ônibus foram incendiados e uma delegacia foi alvejada. A ordem para os atentados partiu de uma facção criminosa de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas após operação da Tropa de Choque da Polícia Militar realizada no presídio com o objetivo de diminuir as mortes nas unidades prisionais do estado, segundo a polícia.
Em um dos ataques a ônibus, a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, teve 95% do corpo queimado e morreu três dias depois. A mãe e a irmã de Ana Clara, Juliane Carvalho, de 22 anos, e Lorrane Beatriz, de 1 ano e cinco meses, que tiveram 20% e 40% do corpo queimado, respectivamente, já tiveram alta médica.

Também ficou ferido o entregador de frangos Márcio Ronny da Cruz, de 37 anos, que teve 72% do corpo queimado no ataque. Ele foi transferido para o Hospital de Queimaduras de Goiás (HQG), onde está internado e já anda com a ajuda de aparelhos. Já operadora de caixa Abiancy Silva, de 35 anos, que teve 10% do corpo queimado no ataque, teve alta no dia 19 de janeiro.