Justiça

Presidente do TJPB tenta evitar suspeições na Calvário e defende vara de organizações criminosas


30/11/2023

Redação / Portal WSCOM

O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), desembargador João Benedito, está em busca de uma solução para o impasse que atrasa o julgamento dos processos relativos à Operação Calvário, que investiga um esquema de corrupção na saúde e na educação do estado. Em entrevista ao programa Correio Debate, da Correio FM, o magistrado disse que já conversou com uma juíza para assumir os casos, que estão parados há meses por causa da suspeição de vários juízes que se afastaram das funções.

“Houve uma dificuldade e vários juízes averbaram suspeição. Eu penso que foi por causa do volume de serviço que vai agregar ao que ele já tem, mantendo a mesma assessoria. A carga de trabalho que ele receberia poderia triplicar sua demanda. Por isso, eu já falei com uma juíza para evitar essa sequência de averbação de suspeição. Ela vai ter mais assessores”, disse

“Eu já falei com uma juíza para evitar essa sequência de averbação de suspeição. Ela vai ter mais assessores e se mostrou disposta a assumir os processos da Operação Calvário. Eu espero que ela possa dar andamento a esses casos, que são de grande interesse da sociedade”, disse o desembargador.

Ele também disse que o projeto de lei enviado para a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para criar uma vara especializada no julgamento de delitos praticados por organizações criminosas, como os da Operação Calvário, atende a uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e visa dar mais celeridade e efetividade aos processos que envolvem crimes complexos e de grande repercussão.

“O problema da vara de organização criminosa é porque existe um pleito de boa parte do Judiciário de que essa vara deveria ser composta por um colegiado de três juízes, como existe em outros estados. Nesse contexto, eu entendo que, se formamos uma vara com três juízes, vamos tirar juízes de outras jurisdições e posteriormente eles podem ficar ociosos. Por isso que eu defendo a vara composta por um juiz”, afirmou o desembargador.



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