Paraíba

Prefeitura nega prisão de secretária e de servidores em operação contra fraudes

NOVA VERSÃO


16/10/2015

A Prefeitura Municipal de Patos se manifestou, por meio de nota oficial, na manhã desta sexta-feira (16), sobre a informação de que seria o alvo principal da operação Dom Bosco, deflagrada na madrugada pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), por meio da Procuradoria da República em Patos, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPPB) e pela Controladoria Geral da União (CGU). A ação teve o objetivo de desarticular uma organização criminosa estruturada para fraudar licitações e desviar recursos públicos em contratos de fornecimento de material de expediente, papelaria, entre outros bens consumíveis.

De acordo com a nota, a gestão capitaneada pela prefeita Francisca Motta (PMDB), negou a existência de servidores municipais presos, conforme foi divulgado em veículos da região e por meio do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp.

“É inverídica a informação de que a secretária de Desenvolvimento Social, Helena Wanderley, foi presa ou qualquer outro servidor da instituição. A mesma foi conduzida para prestar esclarecimentos, assim como outras informações estão sendo esclarecidas em outros setores da Prefeitura, que eram abastecidos com material de expediente ou gráfico, advindo das empresas patoenses, cuja operação foi deflagrada”, diz trecho da nota.

Ainda segundo a nota, a Prefeitura de Patos “está fornecendo toda e qualquer informação, documentação e arquivos necessários, desde que foi acionada por órgãos de controle, por ter sido uma das instituições da região abastecidas pelas empresas patoenses, sob quem a operação foi deflagrada”.

E esclarece ainda que “o foco da operação não é a instituição, mas, empresas patoenses que foram fornecedoras da instituição e de outras instituições de Municípios vizinhos”.

Sobre a operação
Segundo informações da assessoria do MPF, estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, além da condução de quatro pessoas para prestarem esclarecimentos, nas cidades de Patos, Campina Grande e João Pessoa. Estão envolvidas as empresas Livraria Dom Bosco, Gráfica Santo Antônio, Mix Mercadinho e AMPLA Comércio LTDA. As buscas estão sendo feitas nas sedes das empresas e nas residências dos envolvidos.

A sede da prefeitura de Patos também é alvo de busca e apreensão, para obtenção de documentos referentes aos contratos entre a prefeitura e as empresas AMPLA e Mix Mercadinho.

Segundo o procurador da República, João Raphael Lima, as investigações para descortinar o esquema criminoso começaram em 2012. Originalmente a organização agia simulando procedimentos licitatórios na modalidade “Carta-Convite”, nas quais competiriam, pretensamente, as empresas Papelaria Patoense, Mix Mercadinho e Livraria Dom Bosco.
______________________
LEIA MAIS
Prefeitura na PB é alvo de operação para desarticular fraudes em licitações e desvios
______________________



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //