Como alternativa para minimizar a situação do abastecimento, durante as festividades do ‘Maior São João do Mundo’, a Prefeitura de Campina Grande vai instalar um poço artesiano no Parque do Povo, destinado ao atendimento aos barraqueiros. Trata-se de um plano piloto que deverá se expandir para as escolas da rede municipal de ensino.

O coordenador de Defesa Civil do município, Ruiter Sansão assegurou que já foram realizados os estudos e constada a viabilidade técnica para utilização da água pelos comerciantes instalados no do Porque do Povo, nesse momento em que se vive uma das maiores crises hídricas dos últimos tempos. Ele garante não haverá prejuízos para o evento e nem o comprometerá o abastecimento oferecido pela Cagepa.

A perfuração do poço começa por volta das 9 horas desta segunda-feira (11), através da empresa Yvel. Logo no início da manhã, equipes da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) farão a interdição da área para a realização dos serviços.

Segundo Ruiter, a princípio a água oriunda do poço será para uso em banheiros e lavagem de utensílios utilizados pelos barraqueiros. Contudo, técnicos da Secretaria de Saúde farão uma análise para verificar a possibilidade do uso da água para o consumo humano.

Com base em informações de profissionais responsáveis pelos primeiros levantamentos, existe a possibilidade de uma boa vazão. Mas o potencial hídrico exato do local apenas será verificado quando da sua perfuração.

Com relação à instalação de poços noutras áreas da cidade, para minimizar a crise que se agrava a cada dia com o prolongamento da estiagem, a prioridade será a zona rural, ainda mais castigada. Mas a ideia é atender à maioria das unidades escolares.

Ruiter afirmou que ainda não é possível fazer uma previsão de quantos poços serão implantados, pois depende de estudos técnicos feitos por geólogos e outros profissionais especializados. “O nosso desejo seria instalar poços em todos os educandários da cidade, mas é preciso verificar a viabilidade técnica deste tipo de obra, pois não é em qualquer terreno que ela pode ser concretizada”, explicou.

A expectativa do coordenador é de que a experiência seja coroada de êxito, levando-se em conta o interesse do Município de adotar providências que estejam ao seu alcance para oferecer segurança hídrica aos campinenses, os quais se preparam para receber milhares de turistas oriundos de todas as partes do Brasil. “Vencida esta etapa inicial, o projeto será expandido para as demais áreas da cidade, tendo com meta suprir algumas das necessidades da comunidade em termos de recursos hídricos”, finalizou.