Paraíba

População de Cajazeiras demonstra preocupação com risco de tragédia caso ensecadeira do açude Engenheiro Avidos colapse


16/04/2024

Da Redação / Portal WSCOM

Com a chegada de mais um período de fortes chuvas no Sertão paraibano, a população de Cajazeiras voltou a se preocupar com o açude Engenheiro Avidos (Boqueirão de Piranhas), que fica na cidade. A parede e as comportas do açude estão passando por uma obra de recuperação que já dura pelo menos quatro anos e para permitir estes serviços foi construída uma barragem de areia conhecida como ensecadeira que dá sinais de que não conseguirá resistir ao alto volume de água.  

De acordo com a atualização mais recente da Aesa (Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba), Boqueirão está com 122.480.509 m³ (sua capacidade máxima é de 293.617.376 m³). A vazão pelas comportas já está causando prejuízo para produtores do perímetro irrigado de São Gonçalo, no município de Sousa, e das várzeas de Sousa. 

O engenheiro Fernando Figueiredo abordou concedeu uma entrevista ao portal Diário do Sertão, de Cajazeiras, explicando a real situação e buscou tranquilizar a população da região. Essa ensecadeira é uma barreira para que a água seja contornada e você consiga trabalhar lá dentro. O que é essa ensecadeira essencialmente? É uma obra de terra, feita com solo, solo compactado impede que a água chegue onde estão tendo as obras. Havendo esse transbordamento, com toda certeza, entrará em ruínas a ensecadeira, não é a barreira do açude, não é Boqueirão que vai se arrombar, porque isso daí sim seria uma catástrofe e motivo de pânico. A ensecadeira em si pode entrar em colapso e aí, primeiro prejuiso material que é da obra que foram gastos milhões de reais para a construção dessa obra e, com certeza ela será danificada porque o volume de água é gigantesco”. 

Através de uma nota de esclarecimento, o DNOCS afirma que “algumas medidas estão sendo tomadas na barragem” e que após uma diminuição de 10cm no volume do açude, “uma equipe especializada está realizando monitoramentos contínuos no local”. 

“O DNOCS já está com profissionais mobilizados com equipamentos, trabalhando na elevação da cota do coroamento e, se necessário, promover o içamento das comportas do vertedouro para uma maior descarga do volume de água”, diz a nota. 



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