Saúde

População brasileira tem o maior índice de depressão da América Latina

DA AMÉRICA LATINA


05/10/2017

O aumento de casos de depressão se tornou preocupante em todo o mundo e o Brasil se destaca entre os países da América Latina, sendo o primeiro no ranking. De acordo com a recente pesquisa publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira sofre com depressão. A situação é ainda mais alarmante quando analisado também o índice de ansiedade que, segundo a pesquisa, atinge 9,3% dos brasileiros.

Esses dois tipos de transtornos individualmente já exigem atenção e acompanhamento psicológico que irá indicar o melhor caminho para garantir a qualidade de vida. No entanto, o que muitos não sabem, é que há a possibilidade do indivíduo ser acometido com as duas condições simultaneamente. Conhecida como depressão ansiosa, o problema envolve as características da ansiedade e da depressão, como explica a psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde.

“O Transtorno Misto Ansioso Depressivo é muito comum, isso porque a ansiedade condiciona o indivíduo a pensar em um futuro geralmente negativo, fazendo com que ele se frustre antes mesmo do acontecimento, e a sucessão de frustrações dá início à depressão, causando assim um círculo vicioso”, analisa a especialista.

De acordo com Sarah Lopes, as causas para o transtorno podem variar, mas, normalmente, o estilo de vida, bem como preocupações excessivas e pensamentos negativos podem ser os principais fatores para desencadear a depressão ansiosa. Por causa disso, é preciso ter atenção às mudanças de comportamento. “Os sintomas podem variar, mas é comum irritabilidade, insônia, apatia, desânimo com situações cotidianas, falta de interesse e potencialização de conflitos simples”, afirma.

Após diagnosticado o transtorno, o tratamento se assemelha ao dos casos de ansiedade e varia de acordo com as necessidades de cada paciente. “A Terapia Cognitiva Comportamental, em psicoterapia, favorece as crenças positivas, incentiva o enfrentamento dos medos, racionalizando juntamente com o paciente os passos para a sua reconstrução. A terapia medicamentosa pode ter eficácia em alguns casos”, esclarece Sarah Lopes.



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